Francis Bacon viveu na Inglaterra, durante o fim do século XVI e início do XVII. Sua maior obra foi Novum Organum, na qual se estabelece como fundador da "nova ciência moderna".
Nesta obra, Bacon afirma que " o intelecto humano se agita sempre", apesar de ser mal sucedido. Pois, na sua visão, a ciência era afetada pela exaltação suposta superioridade da própria mente humana,
E mais: a ciência usada era pautada em silogismo, os quais, em ultima instancia, forma construídos sobre palavras. E, usando a metalinguística, Bacon explica que estas baseiam-se em outras palavras e definições.
Existe, contudo, um certo grau de comprometimento, de acordo com o que as palavras designam. Para o filósofo, a pior se relaciona com as palavras que apontam qualidades; seguem-se aquelas que indicam ação e as mais benevolentes são os nomes de substantivos particulares.
Outro entrave à ciência era o uso dos sentidos enquanto ferramenta empírica. Para ele, enquanto as mãos careciam de ferramentas, o mesmo se aplica à mente.
Além do mais, a própria mente apresenta outros empecilhos, sendo eles:
-ÍDOLOS DA TRIBO: funda-se na essência humana e na crença errônea de que os sentidos são as medidas das coisas. Assim, as percepções, provenientes dos sentidos, são análogas à natureza humana, não à do universo.
-ÍDOLOS DA CAVERNA: fazendo menção à Platão, esse grupo designa a "caverna" de cada indivíduo que corrompe a luz da natureza, isto é, a interferência que a unicidade de cada indivíduo exerce sobre o processo científico.
-ÍDOLOS DO FORO: estes prejudicam a ciência por meio das palavras, dos nomes e das definições.
-ÍDOLOS DO TEATRO: aqui, faz-se uma crítica à filosofia. Segundo o autor, esta falsa ciência tem três fontes de erros: a sofística, a empírica e a supersticiosa.
Com essa argumentação, Bacon derruba a ciência que, não constituindo um método científico, é a combinação de descobertas anteriores, sendo que as últimas também tendem a ser obra do acaso.
A esse tipo filosofia Bacon dá o nome de antecipações da natureza, ao passo em que propõem o método científico almejado a se usar, a interpretação da natureza.
Para tanto, o filósofo afirma ser necessária uma metodologia a ser seguida: essa interpretação se dá com experimentos adequados, que julgam somente a natureza, e que, por sua vez, são julgados pelos sentidos, isso porque "a verdade defe ser buscada à luz da natureza e da experiência".
O autor também acredita que o cientista deve permanecer as neutro possível, isento de suas convicções e, portanto, deve se resguardar afim de não permitir que seu estudo seja afetado.
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