Émile Durkheim defende que os cidadãos precisam estar
completamente integrados para um bom funcionamento do corpo social. Cada parte
do corpo precisa desempenhar a sua função de maneira correta para que não haja
disfunções no meio social. Para tal proposta funcionar, ele defende uma
sociedade solidária, altruísta, com princípios morais e padrões de conduta que
garantam um funcionamento coeso da sociedade. A divisão do trabalho é um
exemplo desse condicionamento social.
Outra proposta para que se tenha uma vida social saudável é a
utilização da consciência coletiva em detrimento da consciência individual:
deve-se pensar primeiro no que seria melhor para o meio em que se vive antes de
pensar em nossas próprias aspirações.
Para Durkheim, todas essas ações que possam trazem o bem-estar para os
cidadãos e todos os padrões de conduta que sustentam o equilíbrio da vida
social são marcos da consciência coletiva e devem ser colocados em prática para
o corpo social funcionar sem alterações.
Tudo que acontece na sociedade, segundo Durkheim, é marcado
por acontecimentos separados uns dos outros, e cada sociedade tem os seus fatos
internos específicos. Dessa forma, a História não é a responsável pela explicação
dos fenômenos sociais, mas sim as interconexões existentes entre cada fato
ocorrido com um povo. Dessa forma, guerras, desastres e chacinas são explicados
como ocorrências isoladas, intrínsecas a cada comunidade, não havendo ligações
com a História generalizada.
Por fim, a concepção de sociedade para Émile Durkheim se
funda na já falada consciência coletiva e na sucessão de fatos independentes da
História. Contrário à ideia de Thomas Hobbes, de que a sociedade é resultado da
vontade individual, Durkheim afirma não haver individualismo que se sobreponha
ao coletivo. Sendo assim, o modelo social perfeito teria a coletividade sobre a
individualidade e cada cidadão trabalhando para o funcionamento prefeito da
comunidade.
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