Leo Huberman, em seu livro “História da Riqueza do Homem”,
descreve toda a mudança social e política ocorrida na Europa a partir da Idade
Média através dos olhos da economia. Segundo sua tese, as mudanças econômicas
alteraram e continuam alterando as formas da sociedade se organizar. Sendo
assim, entende que a economia ajuda a explicar acontecimentos históricos,
causando-os, muitas vezes; e a teoria econômica sem a história, não tem sentido
de existir.
Outro autor que se utiliza da interconexão economia-sociedade
para explicar a dinâmica social é Marx, quando diz que todas as sociedades
passarão pela fase comunista e o ápice da organização social é o comunismo,
sendo que essas fases estão inter-relacionadas, são interdependentes, e tem
laço causal entre si.
Na contramão desses autores encontramos Durkheim com a visão
de que não existem conexões causais que expliquem os fenômenos, de uma forma
que “as etapas que a humanidade percorre sucessivamente não engendram umas às
outras”. Pois “tudo o que atingimos experimentalmente nesta questão, é uma
sequência de mudanças entre as quais não existe laço causal. O estado
antecedente não produz o consequente, mas a relação entre eles é exclusivamente
cronológica.”
Sua explicação está na perda de individualidade dos povos que
decorreria dessa não-independência histórica. Vendo que assim, cada povo seria
o prolongamento daquele que o antecedeu, fazendo parte de um momento diverso do
mesmo e único desenvolvimento.
Embora não concordando também com os autores que dizem que
temos desenvolvimentos sequenciais e SEMPRE dependentes dos acontecimentos
históricos; pode-se ver as sociedades como prolongamentos das organizações
sociais precedentes, mas essa caminhada social não é uniforme, progride e
retrocede conforme as necessidades não só econômicas, mas territoriais,
climáticas, de saúde, etc., de uma forma que tenham individualidade,
diversidade e possam conduzir a caminhos inesperados, como os encontrados por
Durkheim.
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