A ideia fundamental
da teoria de Durkheim é relacionada ao que mantem os indivíduos de
uma determinada sociedade integrados. Para o sociólogo uma sociedade somente
pode funcionar se os valores, crenças e normas constrangem as atitudes e os
comportamentos individuais provocando uma solidariedade básica, que orienta as ações
do individuo. Desta forma ressalva a ideia de que o controle social exerce domínio
sobre o individuo, ou seja, a aparência de um membro da sociedade vale mais que
sua essência.
Com isto podemos notar claramente a diferença entre a
sociologia estrutural de Durkheim e a ideologia de Marx, pois enquanto o
segundo defende que a “História do homem se baseia na luta de classes”
colocando as relações de poder e força como às explicações da sociedade, o
primeiro vê a sociedade como um organismo em harmonia, onde cada individuo desempenha
um papel fundamental ao corpo social, não existindo então conflito de classes.
Desta forma Durkheim utiliza-se do termo “fato social”
para denominar as relações entre os membros da sociedade. Assim quando os indivíduos
exercem sua função como irmão, pai, mãe ou até mesmo outras em um ambiente não
familiar, como Juiz ou lixeiro estão atuando como um fato social e
desempenhando isto perante o todo social.
Por fim ao estudarmos o fato social nos encontramos
diante de uma ordem de fatos que apresenta caracteres muito especiais:
consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo,
dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem. Por conseguinte, não poderiam se confundir
com os fenômenos orgânicos, pois consistem em representações e em ações; nem
com os fenômenos psíquicos, que não existem senão na consciência individual e
por meio dela. Constituem,
pois, uma espécie nova e é a
eles que deve ser dada e reservada a qualificação de sociais.
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