Émile Durkheim,
em As Regras do Método Sociológico, exprime seu ponto de vista a respeito das
características do fato social. As diferentes facetas culturais são constructos
sociais aos quais os seres humanos são submetidos desde seus nascimentos até
suas mortes. Assim, o homem é um ser cultural que têm suas opiniões, desejos e
ações regidas por sua educação e costumes.
Essa
cultura social está tão enraizada na humanidade que pensamos ser algo natural,
no entanto Durkheim afirma haver um motivo para que isso ocorra dessa forma, os
fatos sociais são guiados pelos costumes e as tradições que são passados de pai
pra filho e assim acabam se perpetuando, parecendo assim, que se trata de
desejos naturais quando na verdade são apenas formas de manutenção do equilíbrio.
O homem se torna esse ser social, pois tem seus instintos
inibidos desde o nascimento, recebendo durante sua infância uma alta carga de
cultura vinda de seus pais e mecanismos de formação. É na infância que são
formados os juízos de bem ou mal, correto e incorreto e é nela que aprendemos a
viver em sociedade e a nos comportar perante as outras pessoas. Desse modo,
constatamos ao observar diferentes culturas e suas disparidades, o comportamento
social e as semelhanças de pessoas que convivem em um mesmo ambiente cultural,
que de fato o homem não é um ser social, mas sim um ser socializado em sua essência.
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