Durkheim
em sua obra “As Regras do Método Sociológico” começa expondo e explicando, em
detalhes, o que deve ou não ser entendido como “fato social”, de modo que chega
a seguinte definição: toda maneira de agir, pensar e sentir do homem em sociedade,
de acordo com as regras da mesma, e que, no entanto, independem do individuo. Definido
o que é “fato social” pode-se perceber que ele assume um caráter coercitivo,
pois, se o individuo quiser viver naquela sociedade terá que se sujeitar às
regras impostas a ele.
Todo
esse processo de coerção do individuo parece de certa forma algo simples e
inevitável e, no entanto, não o é. Para Durkheim o homem não nasce social por
natureza, como fazer então para que os novos indivíduos se adaptem as regras? É
a partir daí que, para Durkheim, a educação desempenha seu papel buscando
moldar o ser social, imprimindo-lhe valores e idéias que não pertencem a ele,
mas que aos poucos são absorvidos e aceitos de tal forma que o individuo passa
a acreditar serem seus.
Essa
coerção é de tal maneira forte e ao mesmo tempo tão sutil que, por vezes, o ser
social acaba por acreditar ter elaborado muito de seus sentimentos e idéias.
Entretanto, sabe-se que, assim como a urbanização, as comunicações, a moda,
etc., as idéias e sentimentos do individuo também se enquadram em padrões sociais
pré-estabelecidos de cultura.
Pode-se
então concluir que, como o ser social é criado pela sociedade em que vive
qualquer tentativa de mudança por parte do individuo ocasionará numa reprovação
por parte da sociedade e a insistência em comportamentos que rompem com as
regras impostas acaba por excluir o individuo da mesma.
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