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domingo, 13 de maio de 2012


                Durkheim em sua obra “As Regras do Método Sociológico” começa expondo e explicando, em detalhes, o que deve ou não ser entendido como “fato social”, de modo que chega a seguinte definição: toda maneira de agir, pensar e sentir do homem em sociedade, de acordo com as regras da mesma, e que, no entanto, independem do individuo. Definido o que é “fato social” pode-se perceber que ele assume um caráter coercitivo, pois, se o individuo quiser viver naquela sociedade terá que se sujeitar às regras impostas a ele.
                Todo esse processo de coerção do individuo parece de certa forma algo simples e inevitável e, no entanto, não o é. Para Durkheim o homem não nasce social por natureza, como fazer então para que os novos indivíduos se adaptem as regras? É a partir daí que, para Durkheim, a educação desempenha seu papel buscando moldar o ser social, imprimindo-lhe valores e idéias que não pertencem a ele, mas que aos poucos são absorvidos e aceitos de tal forma que o individuo passa a acreditar serem seus.
                Essa coerção é de tal maneira forte e ao mesmo tempo tão sutil que, por vezes, o ser social acaba por acreditar ter elaborado muito de seus sentimentos e idéias. Entretanto, sabe-se que, assim como a urbanização, as comunicações, a moda, etc., as idéias e sentimentos do individuo também se enquadram em padrões sociais pré-estabelecidos de cultura.
                Pode-se então concluir que, como o ser social é criado pela sociedade em que vive qualquer tentativa de mudança por parte do individuo ocasionará numa reprovação por parte da sociedade e a insistência em comportamentos que rompem com as regras impostas acaba por excluir o individuo da mesma.

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