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domingo, 4 de maio de 2014

O fundamento social da criminalidade

      A questão da criminalidade está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento social de um país. Os índices de violência são inversamente proporcionais ao IDH. A falta da proteção estatal e da garantia de direitos fazem com que alguns homens procurem uma saída mais fácil e mais rentável para obterem o que precisam, sendo estas, muitas vezes, o crime, o tráfico, entre outros.
       No Brasil, por exemplo, um jovem de periferia que freqüenta o ensino público por não ter condições de bancar uma escola particular, pela defasagem daquele, acaba por ser um profissional bem menos preparado do que o outro que teve acesso ao ensino privado. Infelizmente, o salário que consegue, muitas vezes, é algo em torno de um ou dois salários mínimos. Assim, cansado do trabalho insatisfatório, o jovem decide ingressar no tráfico ou no crime organizado, uma vez que estes oferecem um dinheiro muito mais recompensador do que o salário mínimo.
      Para Durkheim, todo comportamento possui uma explicação social. Logo, no que tange à criminalidade, por exemplo, poderíamos dizer que seu aumento ou redução estaria diretamente ligado aos investimentos sociais. Dessa forma, se o Estado investisse no ensino público, talvez as oportunidades no mercado de trabalho seriam menos restritas e o trabalhador se sentiria mais valorizado.
     Na Suécia, a ressocialização de detentos foi possível pois é um país o qual apresenta um alto IDH e serviços públicos que conseguem atender as necessidades da população. Assim, quando o Estado é capaz de assegurar os direitos de seus cidadãos, quando os direitos humanos são devidamente respeitados, a criminalidade e a violência, invariavelmente, diminuem.

Ana Julia Arruda - 1° ano direito diurno

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