A
questão da criminalidade está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento social
de um país. Os índices de violência são inversamente proporcionais ao IDH. A
falta da proteção estatal e da garantia de direitos fazem com que alguns homens
procurem uma saída mais fácil e mais rentável para obterem o que precisam,
sendo estas, muitas vezes, o crime, o tráfico, entre outros.
No
Brasil, por exemplo, um jovem de periferia que freqüenta o ensino público por
não ter condições de bancar uma escola particular, pela defasagem daquele,
acaba por ser um profissional bem menos preparado do que o outro que teve
acesso ao ensino privado. Infelizmente, o salário que consegue, muitas vezes, é
algo em torno de um ou dois salários mínimos. Assim, cansado do trabalho insatisfatório,
o jovem decide ingressar no tráfico ou no crime organizado, uma vez que estes
oferecem um dinheiro muito mais recompensador do que o salário mínimo.
Para
Durkheim, todo comportamento possui uma explicação social. Logo, no que tange à
criminalidade, por exemplo, poderíamos dizer que seu aumento ou redução estaria
diretamente ligado aos investimentos sociais. Dessa forma, se o Estado
investisse no ensino público, talvez as oportunidades no mercado de trabalho
seriam menos restritas e o trabalhador se sentiria mais valorizado.
Na
Suécia, a ressocialização de detentos foi possível pois é um país o qual
apresenta um alto IDH e serviços públicos que conseguem atender as necessidades
da população. Assim, quando o Estado é capaz de assegurar os direitos de seus
cidadãos, quando os direitos humanos são devidamente respeitados, a
criminalidade e a violência, invariavelmente, diminuem.
Ana Julia Arruda - 1° ano direito diurno
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