Moradores de ruas praticando atos assaz semelhantes dentro de um mesmo ambiente (Casa Pop). Prisões na Suíça tendo de ser fechadas por falta de contingente, enquanto nas de nosso país o fato recebe um óptica completamente oposto e nosso presídios continuam abertos com um excesso de contingente excessivo (sim, um pleonasmo para enfatizar o quão problemático encontra-se a situação vigente). Todavia a crítica mostra bastante tranquila de ser feita enquanto a solução necessidade de um trâmite mais aprofundado e ardiloso.
Para podermos melhor entender e esclarecer o problema, necessita-se analisar a questão sob os cuidados de Durkheim. Relacionando tais acontecimentos à um fato social e não pura e simplesmente individual, pode-se criar um diagnóstico embasado na situação social do grupo e não na questão de cada individuo.
É evidente a influência social em inúmeros atos de nossa existência e da mesma forma que tais relações dão-se de forma simples com a tendência de gostos musicais e moda, dar-se-ão de forma complexa como em atos criminosos e atrocidades. Um ótimo exemplo para este último caso é o regime nazista que obteve amplo apoio popular em toda a Alemanha, mesmo levando à práticas desumanizadas.
Dessa forma, moradores de rua que se digladiam, fazem uso de entorpecentes e valem-se do sexo animalesco, não estão nada mais do que pondo em prática as alternativas que lhes sobram à margem social. Na observância da questão presidiária, constata-se quase a mesma situação. Jogados em celas superlotas, imundas e em precárias condições, espera-se que eles reincidam em perfeito estado social. Enquanto isso, pessoas de baixa renda (maior componente carcerário brasileiro) são também negados à participação efetiva social, confinados em suas "favelas" ou bairros afastados, são obrigados a trabalharem para uma comunidade da qual não fazem parte.
Túlio Boso Fernades dos Santos
Direito Diurno
Turma XXXI
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