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domingo, 4 de maio de 2014

A subsociedade

           Moradores de ruas praticando atos assaz semelhantes dentro de um mesmo ambiente (Casa Pop). Prisões na Suíça tendo de ser fechadas por falta de contingente, enquanto nas de nosso país o fato recebe um óptica completamente oposto e nosso presídios continuam abertos com um excesso de contingente excessivo (sim, um pleonasmo para enfatizar o quão problemático encontra-se a situação vigente). Todavia a crítica mostra bastante tranquila de ser feita enquanto a solução necessidade de um trâmite mais aprofundado e ardiloso.
            Para podermos melhor entender e esclarecer o problema, necessita-se analisar a questão sob os cuidados de Durkheim. Relacionando tais acontecimentos à um fato social e não pura e simplesmente individual, pode-se criar um diagnóstico embasado na situação social do grupo e não na questão de cada individuo.
            É evidente a influência social em inúmeros atos de nossa existência e da mesma forma que tais relações dão-se de forma simples com a tendência de gostos musicais e moda, dar-se-ão de forma complexa como em atos criminosos e atrocidades.  Um ótimo exemplo para este último caso é o regime nazista que obteve amplo apoio popular em toda a Alemanha, mesmo levando à práticas desumanizadas.
            Dessa forma, moradores de rua que se digladiam, fazem uso de entorpecentes e valem-se do sexo animalesco, não estão nada mais do que pondo em prática as alternativas que lhes sobram à margem social. Na observância da questão presidiária, constata-se quase a mesma situação. Jogados em celas superlotas, imundas e em precárias condições, espera-se que eles reincidam em perfeito estado social. Enquanto isso, pessoas de baixa renda (maior componente carcerário brasileiro) são também negados à participação efetiva social, confinados em suas "favelas" ou bairros afastados, são obrigados a trabalharem para uma comunidade da qual não fazem parte.

Túlio Boso Fernades dos Santos
Direito Diurno
Turma XXXI

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