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domingo, 4 de maio de 2014

A criminalidade em ambientes distintos

         O contraste existente entre a diminuição da população carcerária na Suécia e o aumento dessa no Brasil não indica superioridade cultural de um país em relação ao outro, se não, o reflexo de mazelas sociais que não ganham a devida atenção que merecem.  Enquanto o governo sueco preza pelo acesso a serviços básicos como educação e saúde, no Brasil tal preocupação não é observada. Sendo assim, por não deter o acesso a tais serviços, uma camada social acaba por ficar à margem das outras, o que leva, muitas vezes, a primeira a buscar alternativas de melhoria no mundo do crime.

         Partindo da visão de Durkheim,  na qual a explicação para as ações de um indivíduo recai na estruturação da sociedade em questão, podemos assinalar a criminalidade como uma problemática social. Dessa maneira, diferente do que é pregado pelo senso comum, a explicação para as transgressões à norma que comumente vemos nos noticiários, não está na “predestinação “ dos infratores, mas sim na falta de possibilidades por parte desses.


      Nesse ponto, vale acrescentar que na Suécia  há uma noção mais sólida sobre a  importância do processo de reintegração de detentos para a sociedade. Diferentemente, no Brasil o sistema carcerário é precário, apresenta condições desumanas e não cumpre sua função de ressocialização. Nesse sentido, a concepção errônea acerca dos Direitos Humanos  faz com que um problema social – no caso a criminalidade- não seja solucionado e cada vez mais se potencialize.



Marilana Lopes dos Santos – 1° Ano Direito Diurno 

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