Um mundo menos mecanicista
Observam-se as
constantes mudanças existentes no mundo, principalmente na evolução dos pensamentos
sejam eles filosóficos ou não. No filme “Ponto
de Mutação” de Bernt Capra,
três personagens com seus diálogos
bastante engrenados nos fazem alcançar uma nova visão de mundo. Entre eles
encontra-se um político dos Estados Unidos, uma cientista que se sentiu
enganada pelo projeto Guerra nas Estrelas e um escritor um tanto desiludido. Os
personagens se encontram em um castelo medieval no litoral francês e engrenam
discussões e questionamentos sobre alguns pensamentos filosóficos, físicos e políticos.
Nas discussões sobre o papel dos mecanismos
que regem o mundo, abordam a evolução do pensamento humano, passando por
Descartes e chegando aos nossos dias, onde vemos os líderes, pensando de forma
mecanicista, uma visão de que para se alcançar a verdade de
algo é necessário dividi-lo em partes e assim obter ideias claras e distintas,
quando, na realidade, segundo a cientista, deve-se buscar uma visão unificada
do todo, não basta compreender uma parte, se o restante for desconhecido.
Nota-se que o filme sugere mudanças e renovações em todos
os campos e para isso o homem precisa deixar o individualismo e utilizar a
percepção menos induzida, ele apresenta também reflexão sobre as bases da
existência e da integração do pensamento e das ações compassivas no contexto do
desenvolvimento da sociedade.
No final entende-se
que a sobrevivência humana, ameaçada por várias ações igualmente humanas
advindas de uma visão de mundo mecanicista e fragmentada, só será possível se
formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores da nossa cultura
individualista e materialista atual. E o filme também propõe uma série de
questionamentos, principalmente, referentes aos rumos da ciência moderna.
Emmanuelle Nasser Dias e Silva
1° ano Direito Noturno
1° ano Direito Noturno
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