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segunda-feira, 25 de março de 2013


                                  Reavaliação do método                                                                                                                                                                A ciência nos  mostrou que  ela  por si só não é capaz  de  resolver os  problemas humanos. Mesmo com os  avanços  científicos, ainda  enfrentamos problemas ligados a convivência humana na Terra. A metodologia iniciada  com Descartes,que primava pelo uso da razão, o empirismo banconiano, e sua proposta de “utilização” da natureza a favor das  necessidades  humanas, proporcionaram  a sistematização da ciência,porém fragmentaram o conhecimento e deram ao homem a presunção  de tudo poder através do saber,no entanto, esse  saber não tornou a vida no planeta menos conflituosa, pelo contrario, potencializou a capacidade de destruição.

    A atualidade é  acética,em relação a ciência, vivemos  em um tempo em que  não se duvida do que o  homem é capaz de criar através de sua  razão e  experimentação. Remédios , curas contra doenças, invenção de modernos  meios de transporte, etc. a possibilidade tomou  lugar no  vocabulário atual, mas uma das  contradições , que nossa racionalidade deixa passar  despercebida,é o retrocesso em relação a convivência.

     Mesmo com tantas invenções nossa  habilidade  política ainda não conseguiu torná-las um bem comum para  a   humanidade ,usamos a tecnologia para destruirmos uns aos outros, reflexo disto foram as  duas grandes guerras mundiais (1914-1918, e 1939-1945), que demonstraram o quanto é perigoso o mau uso da ciência. O  sistema capitalista pode  ser  considerado  culpado, mas seria ele o único culpado? Não. Nossa forma de  observar  a ciência e aquilo que os “pais” da modernidade nos legaram,levou-nos a forma de viver e   agir no mundo que conhecemos hoje. A racionalidade de descartes e sua fragmentação dos  saberes,aliadas ao  sistema  econômico capitalista, fez com que  caminhássemos  para uma  especialização   que separou dos  seres  a sua  busca por universalidade. A  política isolou-se na política, ou seja , uma “casta” na qual seres “habilitados” atuam.  A  Ciência seguiu  o mesmo rumo,  assim como a   Arte.  Dessa forma o dialogo entre  as  partes do conhecimento humano tornou-se menos intenso e pertencente a determinados grupos.

     Aliado  a  esses  fatores  encontramos  um mundo em crise,seja pela  pretensão humana de dominar a Natureza,seja por  achar os  recursos desta infindos, seja pelo trato com o próximo. Esse é o momento de reavaliar  tudo o que  aprendemos, como dizia Descartes, e  construirmos nosso conhecimento a partir  de  nossas  próprias  conclusões. Talvez seja preciso  revisar nossos  “dogmas” aristotélicos,cartesianos ,  baconianos,etc. numa nova indagação de seus projetos,e buscar   formar  um conhecimento completo que  alie Política ,Arte e Ciência que  forme  uma  outra percepção no individuo  , e que se discuta uma ciência  que seja,realmente,um patrimônio da Humanidade.

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