Em uma época quando a religiosidade tomava conta de grande
parte da ciência, Descartes com o “Discurso do Método” rompe com os
tradicionais dogmas religiosos. Por considerar a filosofia, anterior à sua
obra, fútil e inútil e acreditar que o ensino é decepcionante (uma vez que
provoca no homem a contemplação do mundo e não a interação), Descartes dá
início a um novo método científico.
O novo método desenvolve-se a partir da racionalidade
humana, sem se influenciar com as verdades pré-estabelecidas pelos dogmas.
Através da dúvida ele põe em prática seu pensamento, ou seja, o questionamento
leva a razão e a verdade. Os sentidos devem ser questionados, os dogmas, entre
outros. A única coisa que não cabe dúvida é o pensamento, pois ele é o fruto da
razão e gera a certeza.
Apesar de sua obra
fazer uma referência a uma força superior, talvez divina, não se tem a certeza
de que realmente Descartes pensava dessa maneira ou se temia ser punido pela
igreja. Tal contradição não tira o imenso valor da obra que além de ser uma
tentativa de popularização das formas de ciência, desvinculada da igreja,
também evoluiu toda uma ciência humana, que Comte chama de estado positivista.
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