No texto de Max Weber lido nessa semana, o tema em enfoque foi a delimitação do direito público e privado e das próprias esferas como um todo.
É o ordenamento jurídico que delineia a perspectiva de racionalização e divisão das esferas. Para Weber, há um conflito muito grande entre as esferas e até mesmo dentro de cada própria. A realidade é muito mais complexa. Não se distingue o público do privado apenas na esfera do direito e do poder, essa divisão está presente na vida cotidiano das pessoas.As esferas públicas e privadas, na sociedade contemporânea, não existem como esferas puras, totalmente separadas.
A própria distinção de quando e como é que uma esfera interfere na outra é uma questão complicada e de difícil resolução. Ainda que haja racionalização da sociedade, os elementos modernos da esfera pública foram gerados baseados numa sociedade patriarcal, essa racionalidade, entretanto, é utópica. O real ultrapassa essa separação de esferas.
Muitos aspectos da vida pessoal e privada de cada pessoa, dependem necessariamente da esfera pública. É o caso do sistema de saúde, educacional e de segurança aplicado pelo governo. O atendimento hospitalar, propiciado pelo Sistema Único de Saúde, é necessário para grande maioria da população brasileira, principalmente para pessoas de menor nível social. As escolas públicas são fundamentais para a formação educacional da maioria das crianças e jovens e, querendo ou não, são determinantes do futuro profissional dos mesmos, o que poderá influenciar no local de trabalho dos mesmo, ou seja, na esfera privada.
Público e privado são separados por uma linha tênue, e geram uma indistinção cada vez mais permanente. Devemos ficar atentos, pra que essa "mistura" não cause impactos negativos na sociedade.
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