Entretanto, ao olhar pela janela vejo a garoa caindo e já não me parece que tudo é tão maquina assim... Apesar de querermos, e tentarmos, não conseguimos controlar tudo, a natureza não é nossa escrava, como Bacon acreditava. A natureza está aí para provar que nossas ações tem consequências, consequências que impactarão nosso tempo na Terra. Me lembro de Sônia, do filme "Um Ponto de Mutação", ela afirma que precisamos de um novo pensamento, que chegamos ao limite da ciência pensada pelos filósofos do século 17, e é na semelhança entre tecnologia e natureza que vejo que ela está certa. Não podemos viver mais só de razão, não podemos fingir que os assuntos não tem relação entre si. Estamos em um mundo globalizado, e o que fazemos aqui pode impactar do outro lado do planeta. Um vírus que surge em uma cidade na China pode paralisar países de continentes diferentes, incluindo o Brasil, mesmo estando a mais de 16 mil quilômetros de distância. Seguir a razão nos trouxe até onde estamos e conseguimos avançar muito tecnologicamente, porém agora estamos lidando com as consequências de seguir as inovações sem pensar: aquecimento global, desigualdade social, bombas nucleares...
Mas de quem é a culpa? Dos cientistas? Dos investidores? Talvez, mas me parece que a culpa é também de todos nós, que usamos de palavras bonitas para reclamar, pedir, julgar, como por exemplo a grande mobilização politica nas redes sociais que acontece nos Estados Unidos porém na hora de votar somente por volta de 55% das pessoas realmente votam. Do alto de nossos privilégios - sejam esses a internet ou uma linda ilha isolada na França, como é para Sônia - nós refletimos sobre a mudança mas dificilmente a colocamos em prática, afinal a mutação mais difícil é a de transformar as palavras em ações, não é mesmo Sônia?
Mariana Marcelino - 1º semestre, Direito Noturno.
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