O filme "O Ponto de Mutação" traz consigo diversos diálogos críticos, tanto em relação à existência humana quanto sobre medidas políticas e científicas para um progresso equilibrado para o planeta.
Apesar de lançado há quase 30 anos, suas discussões ainda se caracterizam como atuais,como por exemplo a visão cartesiana de dividir o "todo" em diversas partes e as vezes ignorando o fato de que as relações sociais, econômicas e ecológicas funcionam em uma macroescala, e dependendo de inúmeros fatores para que exista uma condição de perpetuidade e funcionalidade.
No filme, a personagem Sonia critica em diversos momentos essa visão cartesiana dos políticos, cuja habilidade de ver o Estado e seus diversos problemas sociais e econômicos como um sistema que deve coexistir em harmonia, e seus problemas devem ser pensados como consequência de outros e causa para diversos que virão, está em desuso pois crescemos em uma sociedade cartesiana e, desde os primórdios, somos incentivados a enxergar o mundo como peças isoladas e não como uma máquina operante e funcional.
Portanto, ela insiste que, para o desenvolvimento de uma condição sustentável, devemos aplicar uma visão ecológica, cuja finalidade é de entender o mundo como um grande sistema, com diversas engrenagens que influenciam umas nas outras e que devem estar operando funcionalmente, em contraponto à visão cartesiana. E para isso, é necessário um esforço para mudarmos a percepção que sempre nos foi compelida a ter, e aceitar que fazemos parte de um conjunto imensurável e inseparável de relações.
Felipe Zaniolo de Oliveira - Direito Matutino - 1° ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário