O
homem sempre teve o desejo de entender o mundo a sua volta. A necessidade de
explicação sobre os fenômenos naturais, sobre a origem humana, entre outras
coisas levou ao desenvolvimento de vertentes – sejam elas filosóficas,
teológicas ou astrológicas – que possam esclarecer tais dúvidas.
Foi
no contexto da Idade Moderna que surgiu René Descartes com sua obra “Discurso
do Método”. Nela, o filósofo apresenta sua metodologia criada para conduzir o
pensamento a fim de se chegar a uma verdade incontestável. Para tanto, o
recurso principal é o questionamento, ou seja, é preciso duvidar de todas as
concepções acerca de qualquer assunto. Além disso, destaca-se também na obra a
valorização do racional. Dessa forma, Descartes desconsidera as teorias
baseadas no imaginário, a exemplo da astrologia.
Em
suma, Descartes tenta sistematizar a vida e entender completamente o mundo ao
seu redor. É dessa característica que surge o adjetivo “cartesiano”, a partir
da tentativa que equacionar as relações humanas. Nas palavras do filósofo: “tomei
um dia a decisão de estudar também a mim próprio e de empregar todas as forças
de meu espírito na escolha dos caminhos que iria seguir.”
Contudo,
é preciso destacar que os seres humanos, bem como as relações entre eles, não são
regidas por qualquer lógica ou sistema que possam unificá-los. Não há uma
verdade universal ou uma explicação que não possa ser contestada. Como disse o
pintor Pablo Picasso: “Se houvesse apenas uma única verdade, não poderiam
pintar-se cem telas sobre um mesmo tema.”
A
teoria de Descartes é importante na medida em que organiza o pensamento, mas
talvez falhe quando busca a verdade, uma vez que essa não é única, ou seja, não
é, necessariamente, a mesma para todos.
Ana Julia Pozzi Arruda, 1° ano direito diurno.
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