Em seu "Discurso do Método",
Descartes desenvolve um método científico baseado na dúvida criteriosa para se
chegar, de fato, às verdades do universo, visto que estava insatisfeito com a
filosofia e as outras formas de pensamento de sua época. Foi a elaboração deste
método o responsável pela introdução do racionalismo na Idade Moderna, o que
consagrou Descartes como "pai do racionalismo”.
Seu método tinha
como objetivo eliminar todo conhecimento fundado sobre bases não sólidas. Desse
modo, todo o saber deveria ser desconstruído para, após o exame de todos os
postulados por meio da dúvida metódica, eliminar-se aqueles que não podiam ter
sua veracidade confirmada e, assim, reconstruir todo o pensamento apenas com
ideias comprovadas cientificamente por ele. Consistia o método em quatro
etapas: a primeira pregava a confirmação da veridicidade do objeto estudado; a
segunda, no desmembramento do objeto em partes menores seguido do estudo dessas
partes; a terceira, reagrupar as partes analisadas em um todo verdadeiro: e, por
último, a quarta postulava a enumeração dos resultados obtidos.
O método científico cartesiano seria uma
forma de obter um caminho único, a partir da unificação do pensamento, de investigar
as leis que correspondem ao engendramento de todas as coisas e, desse modo,
desvendar os enigmas divinos. Descartes, após a revisão de todo seu conhecimento,
concluiu que a única máxima que se pode ter certeza da veracidade é a seguinte:
“Penso, logo existo”. Pois, se pensamos, significa que existimos de alguma
maneira, visto que a o pensamento não prescinde da existência.
A contribuição de Descartes para a ciência
moderna e seu desenvolvimento foi imensa. Não só pela elaboração de um método
com base na dúvida metódica e hiperbólica, mas também no desenvolvimento da
matemática e na divisão das áreas do conhecimento.
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