Século
XVII: Período pós-Renascimento, caracterizava-se pela grande quantidade de
conhecimento acumulada a partir da retomada dos ideais greco-romanos e da
valorização do humanismo. O homem tornara-se mais científico, e a
sede pelo saber era insaciável. É neste contexto que surge um dos maiores
pensadores ocidentais: René Descartes, o qual brilhantemente revolucionou o
pensamento científico, não por as mais importantes
descobertas da história, mas sim porque criou um método eficiente para obtenção
de todo e qualquer conhecimento científico.
Sentindo-se incomodado por tudo aquilo que conhecia, porém que não conseguia comprovar com absoluta certeza a veracidade, passou a por em dúvida tudo aquilo que conhecia, já que, segundo o próprio Descartes em "Discurso do Método" (1937, pg. 2) , "(...) talvez não seja mais do que um pouco de cobre e vidro o que eu tomo por ouro e diamantes.". A partir da dúvida, Descartes passa a chegar nas verdades claras e distintas, aquelas que existem naturalmente no cerne humano. A principal delas, a qual simbolizou o ponto de partida de seu método, é a comprovação da existência do ser humano como pensamento, como res cogitans. Se ele era capaz de duvidar, era porque ele pensava.
E se ele pensava, isso provava sua existência.
É muito importante ressaltar a importância de
Descartes para a Ciência, já que, diferentemente dos céticos, que discordam de
todos os conceitos, Descartes apenas utiliza a dúvida como ponto de partida
para a construção do saber. E, fazendo isso, inclui a razão de forma máxima na
criação de conhecimento. Hoje, talvez graças a Descartes, reconhece-se a importância
de se fazer perguntas. Pois o conhecimento não é formado de ideias fechadas e empoeiradas, inerentes ao tempo e às condições sociais. Este é, sim, renovado a cada dia, a cada nova questão levantada, e a cada nova resposta achada. A dúvida é então, a grande ferramenta do sábio, e o conhecimento, sua obra final.
Daniela Antônia Negri - 1o ano Direito- Diurno.
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