Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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domingo, 23 de março de 2014
Saudade de Descartes
Em uma sociedade marcada pelo capital, na qual"time is Money", os indivíduos nascem com cronômetros instalados em suas mentes e são cada vez mais doutrinados a aceitarem passivamente a massificação praticada pela indústria cultural. Dessa forma, conclui-se: como nos faz falta a presença de uma figura como René Descartes em nossa sociedade.
Com formação católica, o autor abusava de sua desconfiança, sua única certeza era que duvidava de tudo. Assim, submetia suas opiniões a análise, a fim de obter um conhecimento puro e distante do reluzente "cobre e vidro" daqueles que manifestam saber mais do que realmente sabem.
Contudo, o pensador também estudava a fundo essas "doutrinas" , a fim de evitar ser mais uma vítima de suas artimanhas. Com a concretização de seu método, Descartes obtém sua máxima: "penso logo existo" e é a partir dessa sólida preposição que o autor constrói o primeiro princípio de sua filosofia.
Inquieto.Questionador.Modesto.Tão rara nos é hoje uma figura como Descartes. Tantos são os servos que aceitam de forma obediente as imposições da mídia e do meio social.Numerosos são aqueles intelectuais que não buscam o "ouro e o diamante" proporcionado pelo conhecimento, mas sim inflar seus bolsos de equivalente riqueza monetária. Em meio ao caos, a máxima cartesiana foi transformada em: "tenho, logo existo".Assim, só nos resta lamentar pela falta do racionalismo e de seu mestre na contemporaneidade.
Gabriela Losnak Benedicto- 1º ano Direito noturno
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