O direito natural é proveniente do subconsciente humana, ele é intrínseco ao homem, faz parte de uma noção subjetiva de justiça. As pessoas possuem-no mesmo nunca tendo notado isto, quando sentem feridas por alguma “injustiça” que se decorre.
Seu campo varia sobre os mais diversificados assuntos, ou seja, naturalmente, sente-se a noção de justiça em vários assuntos. Liberdade, por exemplo, é algo que consente já a muita gente como algo essencial e natural, necessário a qualquer sociedade. Com isso, o direito natural vai assumindo a sua forma como fonte de legitimação do direito de fato instituído, já que qualquer norma que tenha a ver com ele, será reconhecida por aqueles que a devem respeitar.
Todavia, pela sua gigantesca abrangência e seu sentido extremamente subjetivo, o direito natural as vezes é usado para legitimar outras coisas, além das normas. Por poder ter diversas interpretações, acaba sendo usado por vezes para explicar algo contrário a ordem vigente, e assim, através do sentimento de justiça intrínseco às pessoas, reivindicar seus objetivos.
Logo, chegamos na “revolução”. O direito natural foi usado nas grandes revoluções para dar base a seus objetivos. Dele foram retirados princípios e fundamentos. Entretanto, como o passar do tempo, o conceito acabou por se distorcer um pouco. Então chegamos em tempos mais recentes, que tentam utilizar-se do mesmo método que foi usado no passado. Porém, já não é a mesma coisa.
Os conceitos de direito natural deixam de ter um foco único, sofrendo diversas interpretações, eles começam a ser usados na defesa de interesses de algumas classes pseudorrevolucionárias . Elas o usam da maneira que bem entendem, tendo como único objetivo, servir de legitimação a suas reivindicações, por vezes absurdas.
O atuais revolucionários, ou seja, aqueles que contestam a ordem vigente, já não passam de pequenos grupos com reivindicações estranhas e de interesse individual, distorcendo o direito natural para que sirva de fundamento. Têm motivos dúbios, e não têm um plano traçado. Muitos não passam de ufanistas, que gostam de se determinar revolucionários.
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