Max
Weber, importante pensador alemão do fim do século XIX e início do século XX, é
considerado como um dos fundadores da sociologia. Weber concebeu a sociologia
como a ciência da realidade, possuindo a função de fazer uma análise crítica da
sociedade. Nesse ponto, o autor distancia a sociologia das chamadas ciências
nomológicas, que se baseiam no estudo das leis que regem os fenômenos. Weber
também determinou as ações sociais como objetos de estudo primordiais da
sociologia.
Para
entender a definição de ação social cunhada por Weber, é necessário apreender a
importância que o autor concebeu aos indivíduos frente à sociedade. O pensador
acreditava que o estudo sociológico deveria colocar em foco a ação dos
indivíduos, mesmo durante a análise de entes coletivos, como o Estado, por
exemplo. Através dessa análise, pode-se perceber uma divergência clara entre as
ideias de Durkheim e de Weber. Enquanto o primeiro admitia a primazia da
sociedade sobre os indivíduos, o segundo defendia o oposto. Para Durkheim, as
ideias e ações nasceriam no âmbito coletivo e se generalizariam para os
indivíduos de maneira coercitiva. Já para Weber, as ideias e ações seriam
concebidas individualmente, e posteriormente poderiam se estender para a esfera
da coletividade. No entanto, existem também convergências entre os pensamentos
dos dois autores. Ao classificar a ação social em quatro tipos possíveis, sendo
um deles a ação tradicional, Weber aproximou-se das ideias de Durkheim, uma vez
que, ao admitir que determinadas ações tomadas pelos indivíduos são estimuladas
por hábitos, crenças e costumes, Weber determinou que o coletivo exerce influência
nas decisões individuais.
Outro
ponto fundamental do pensamento weberiano é sua crítica ao materialismo
histórico. Weber confrontou as ideias de Marx ao escrever que o materialismo
histórico defendia que as forças econômicas seriam as únicas autênticas e
determinantes na tomada de ações sociais, descartando qualquer outra causa que
não fosse puramente econômica. Weber, embora também considerasse o fator
econômico como fundamental para a sociedade e para os indivíduos, não se
restringia apenas a ele. Para Weber, o materialismo de Marx distorcia o conceito
de econômico, atribuindo à economia o protagonismo em todos os interesses e
realizações humanas, enquanto a teoria weberiana ponderava a existência de
outros fatores além da economia, atribuindo valor à autenticidade e ao
individualismo de cada um.
Rafael Carpi Baggio - 1° ano de Direito - Diurno
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