Capitalismo, sistemas de classe e comparação de religões são assuntos muito recorrentes entre os estudiosos devido a sua complexidade e atualidade. Foram esses também alguns dos temas que Max Weber, o último dos autores clássicos da sociologia, estudou durante os seus anos de pesquisa. Talvez por ter vivenciado entre dois séculos, o autor teve a percepção de visualizar os caminhos rumo a racionalidade que a civilização seguiria nos anos subsequentes.
Essa razão, associada à cultura protestante de maneira mais visual, é vista como um dos alicerces para a fortificação do capitalismo pelo ocidente. Apesar de, em um primeiro momento, essa afirmação pareça ampla e generalista, Weber trouxe a visão de particularidade e individualidade de cada povo para o olhar sociológico.
Quando comparamos seu pensamento ao modo de pensar dos positivistas, por exemplo, notamos grandes e marcantes diferenças. Enquando os postivistas entendiam o processo social de um ponto de vista evolucionista e geral para todos os povos- acreditando que se podia comparar diversos povos entre si e questionar o estágio evolutivo em que cada qual se econtrava- o pensamento weberiano aponta que cada povo estava sujeito a particularidades tão importantes que o tornavam único e impassível de comparativos sistêmicos e gerais.
Nesse sentido, Weber afirma que cada grupo social é único, por conta disso deve ter suas especificidades respeitadas e compreendidas dentro de sua realidade, e não de um ponto de vista exterior, como era habitual até então. Essa visão de particularidade é muito atual quando nos defrontamos com a estruturação da sociedade contemporânea.
Isso porque a pós-modernidade aliada a revolução da Era Informacional trouxe consigo a possibilidade de criação de novas tribos as quais transpassam os limites da geografia e do tempo, ampliando os impactos culturais que um povo exerce sobre o outro, mas jamais anulando as particularidades de uma tribo em relação a outra, ainda que as tribos se comuniquem e interajam mais do que aconteceu em tempos passados.
A compreensão dos mecanismos weberianos se mostram importantes também quando levamos em conta a ideia de que a história vivenciada e construída no passado repercute de maneira única e relevante frente a construção da história das sociedades atuais. Portanto, compreender quem nos formou é nós compreender em toda a complexidade de sentimentos, vontades e ações- seja de natureza, política, econômica, social, religiosa ou o que for- que nos forma.
Larissa Lotufo- 1º ano de Direito Noturno
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