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terça-feira, 6 de setembro de 2016

A sociedade weberiana

Em relação a analise crítica dos conceitos estabelecidos por Max Weber,  podemos, primeiramente, pontuar a relação estabelecida com o materialismo histórico, sendo este conceito estabelecido por Marx. Ou seja, a partir da associação e consequentemente em um momento a dissociação desses autores, conseguiremos, através da síntese – nesse ponto podemos até falar em dialética – entender fundamentalmente o que a linha weberiana pensa. Dessa forma, entenderemos de forma sutil e simplificada o materialismo histórico como a história da humanidade através da econômica e como essa –digamos estrutura- determina de certa forma todo o contexto social. Sendo assim, partimos da ideia de algo grande – coletivo – sendo estruturas econômicas baseadas em regras do mercado, este as vezes livre as vezes mais ponderado em relação ao estado, mas da mesma maneira, partimos de um pressuposto de algo grande que determina ao singular – individual- e que esse singular, os indivíduos que regem a sociedade sendo assemelhados , na verdade, sendo exatamente produtos sociais em relação as estruturas econômicas, são os que determinam as ações individuais.

Podemos, nesse ponto, estabelecer a relação de como Weber leu, entendeu e de certa forma criticou a teoria marxista para estabelecer o que ele viria a ser um dos conceitos fundamentais da teoria weberiana: a ação social. Enquanto para Marx a dominação é da classe burguesa e incondicional, para Weber, a dominação por uma classe e a dominação total pela burguesia são um tipo ideal, ou seja, sempre estarão permeadas pelas relações sociais, que são instabilíssimas (os grupos sociais estão sempre lutando pela afirmação de suas necessidades materiais). As ações da dominação não são movidas somente pelas relações de produção. Weber não desconsidera Marx, apenas o complementa. Para ele, as coisas vão além do econômico, além da luta de classes: é uma realidade multifacetada e mais complexa. Há de existir a autonomia das coisas em relação ao modo de produção (exemplo: carisma, que vem do psicológico, no caso preponderante e que nada tem a ver com o econômico), com a intenção de não utilizar um denominador comum, para evitar os dogmas (no caso, econômicos). Assim, o econômico, sendo um tipo ideal, caracteriza-se como meio, e não fim: pode desaparecer por completo na conclusão final sobre o fenômeno).

Desse modo, o movimento da sociedade está nas ações e relações, que tem um sentido de para sempre desmentir a dominação total por uma classe. Tendo em vista que a sociedade está sempre em instabilidade, no momento em que valores sociais vão sendo assimilados, um outro sentido será dado às ações sociais, fazendo com que outros valores possam emergir no processo.





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