Émile Durkheim, no final do século XIX, passou a estudar o fato social e a como este poderia ser analisado cientificamente. Cada fato social seria exterior às pessoas existentes e estaria ligado ao pensamento, ao sentimento e à ação destas. Inicialmente, os fatos sociais, para serem estudados, são expostos como coisas. Assim como está escrito em seu livro As Regras do Método Sociológico, de 1895, "É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior".
O autor critica a maneira como ocorre a análise ideológica, já que ela parte de um pressuposto que vai primeiro às ideias para assim analisar as coisas, e não o contrário, que seria analisar as coisas e aí sim as ideias. Ter uma ideia já montada na cabeça para poder analisar a coisa poderia ser justificado como errado, pois uma pré-noção barraria a verdade científica, chegando a um fim incorreto.
Ao observar os fatos sociais, denota-se importância em sua coerção para com as pessoas. Tanto para Durkheim quanto para Comte, a sociedade torna-se o fator prevalente. As manifestações coercitivas obrigam os indivíduos a seguir uma série de ações, de tal modo que, caso não sejam seguidas, causam peso na consciência daqueles que as ignoraram. Caso alguém se oponha às forças coercitivas, todos os sentimentos negados voltarão contra. Ou seja, todos estão fadados a poderes exteriores a suas próprias vidas. Em suma, os fatos socias são criados através do convívio e das relações interpessoais, e o estudo desses estão introduzidos na ciência denominada de Sociologia.
Lygia Carniel D'Olivo - Direito Diurno
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