Émile Durkheim
é indubitavelmente um renomado cientista do campo da sociologia. Dentre suas
teses, o francês nascido em 1858 e falecido em 1917, postulou que aquilo que
chamou de “fato social” deveria ser tomado como uma “coisa”, um acontecimento a
ser estudado livre de impressões parciais e finalistas. Além disso, para
desgosto do bom velhinho, Freud, o sociólogo afirmara que o estudo da
sociologia, bem como seus fenômenos, estavam livres de influências da psique humana.
Justificava sua ruptura com o famoso “Freud explica”, dizendo que os fatos sociais
possuíam um causa eficiente, ou seja, eram responsáveis pela manutenção da
própria dinâmica da sociedade.
Indagai, Homo sapiens: será de ampla validade
essa separação entra a sociologia e a psicologia? Quando verificamos a história
da humanidade nos primórdios da criação da sociedade, deparar-nos-emos com tribos
da pré-história no seu processo de formação. Desse modo, o que imperava nesse contanto
inicial era a manifestação interior de cada indivíduo, sua psique, e não as
normas sociais, uma vez que elas nem existiam! De fato, quando as relações
sociais se tornam mais intrincadas e complexas, fatos sociais foram criados
para sua manutenção. Porém, ao contrário do que Durkheim enuncia, será que
esses fatos sociais são meramente fruto e fomentação da sociedade como um corpo
só, ou advém da somatória de manifestações psíquicas que se repetem com maior frequência
dos membros que a compõe?
É com esse
questionamento (atrevido) da teoria do Durkheim que chegamos a seguinte
conclusão: é capcioso e intrigante o autor desvincular sociedade e psicologia,
a despeito do que o senso comum – e uma lógica aparente- nos dizem, ainda que
ele esteja certo. Não obstante, é inegável o fato de que ele construiu todo um
entendimento bem elaborado acerca do social e possuir mérito por isso.
Carlos Eduardo Milani Neme - 1º ano de Direito (Diurno)
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