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domingo, 11 de maio de 2014

O remédio mais eficaz

Não é preciso muito, pois é um fato decorrente nos noticiários, para perceber que o povo brasileiro está voltando à barbárie, à medida que abandona tudo o que conquistou no ramo do Direito e organização social. Pois somente “bárbaros” são capazes de efetuar e/ou apoiar a justiça feita com as próprias mãos e negligenciar a existência de um poder maior, criado exatamente para julgar as anomalias sociais.
   Tal questão atual está ligada `a teoria funcionalista de Émile Durkheim, a qual defende que cada órgão da sociedade detém uma função que visa fazê-la funcionar adequadamente.  Dessa forma, a partir do momento que determinada instituição deixa de cumprir seu papel social, ela corre o risco de perder sua autonomia. Na sociedade moderna, a descrença em algumas instituições, como o Estado, é significativa, em decorrência dos escândalos de corrupção, da burocracia exacerbada e da manipulação da justiça por aqueles que detêm o poder econômico.
   Tudo isso são mazelas incontestáveis que contaminam o nosso país, contudo não justificam a saída `as ruas de grupos formados para torturar e amarrar a postes criminosos (ou suspeitos de crimes, sem prova alguma). O remédio para curar a política e o policiamento brasileiro não é negligenciá-los e passar a agir por conta própria, mas aprimorar a instrução dos cidadãos a eleger representantes que realmente os representem e reeducar a população de forma a fazê-la abandonar a mentalidade pueril de desejar “tirar vantagem em tudo”, sendo corrupta em sua essência.
    O Brasil carece de indivíduos maduros, conscientes, interessados na mudança e no aprimoramento da democracia. Fazer justiça com as próprias mãos decorre da ignorância e da preguiça de se buscar a mudança da qual o país realmente necessita, a qual requer muita persistência e pensamento a longo prazo. É preciso reformar a mentalidade brasileira e as instituições, para que, assim, se possa fazer com que cada parte da sociedade contribua para o bem do todo. Apesar de ser um trabalho infinitamente mais árduo do que simplesmente sair às ruas tomado pelo ódio, é, também, infinitamente mais eficaz.

Nathalia Nunes Fernandes, Direito Diurno.

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