Na tentativa de fundar a Sociologia como um conhecimento científico, o famoso Émile Durkheim definiu o objeto de estudo dela como os "fatos sociais". Para ele, cada sociedade, como um organismo vivo, é moldada conforme a cultura e os costumes aos quais pertence. Dessa forma, segundo Durkheim, o fato social "reconhece-se pelo seu poder de coação externa que exerce ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos" e é particular de cada sociedade.
Essa visão de Durkheim de que as sociedades são plurais, uma vez que são influenciadas em relação a seu comportamento de diferentes maneiras, é popularmente e amplamente retomada e reafirmada. Em uma matéria produzida pelo jornal GCN da cidade de Franca a respeito de problemas ocorridos com agressão e uso de entorpecentes no Centro Pop - casa destinada a amparar moradores de rua - um dos guardas municipais entrevistados relata que "o que acontece lá não existe em lugar nenhum no mundo", ou seja, para o guarda civil como para o sociólogo, cada sociedade apresenta um comportamento próprio e único.
Esse compartilhamento da visão de Durkheim também pode ser constatado em uma notícia divulgada pela Carta Capital a respeito da relação carcerária entre a Suécia e o Brasil, em que o autor afirma que há, certamente, uma ligação entre as questões sociais, fatos sociais e os problemas e comportamentos dos indivíduos que compõe cada sociedade já que enquanto na Suécia os presídios estão sendo fechados, no Brasil eles encontram-se super lotados.
Portanto, o fato social como o domínio próprio da Sociologia, distinguindo-se, por isso, do orgânico e do psíquico, está intensamente presente nas inúmeras sociedades. Ele pode não ser o único, mas é um grande responsável pelos diferentes comportamentos entre os integrantes de cada meio social visto que é praticamente impossível não ser influenciado em absolutamente nada pelos costumes e cultura de uma sociedade na qual o indivíduo se desenvolveu e foi educado.
Gabriela Mosna - 1º Ano - Direito Noturno
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