Augusto Comte, notável filósofo francês, nasceu no ano de 1798 na
cidade de Montpellier no dia 19 de janeiro. Aos dezesseis anos de idade, Comte
ingressou na Escola Politécnica de Paris, fato que teria forte influência em
seu pensamento.
Em
sua teoria, Comte fixou-se em três temas fundamentais sendo estes, primeiro uma
filosofia da história, em segundo, uma fundamentação e classificação das
ciências fundamentadas na filosofia positiva, e em terceiro, em uma sociologia que
admitisse a reforma prática das instituições.
A filosofia da
história pode ser resumida em três pontos fundamentais, em que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se,
sendo estes, a fase teológica, que caracteriza-se como a fase em que o homem
possui a visão mais limitada e contenta-se em explicar os diversos fenômenos
como que pela intervenção de entidades e forças sobrenaturais. Consequentemente
viria o estado metafísico, que ainda possui alguns pontos de intersecção com o
estado teológico já que ambos procuram soluções absolutas e finais para os
problemas do ser humano mas, difere no ponto em que os elementos concretos dão lugar aos
abstratos e a argumentação substitui a imaginação, quebrando assim contradições inerentes
ao estado teológico. Finalmente temos o estado positivo que caracteriza-se,
pela troca da argumentação pela observação, voltado o foco para a pesquisa das
leis dos fenômenos e não meramente de suas causas. diferentemente dos estados
teológico e metafísico, a filosofia positiva considera impossível a redução dos
fenômenos a uma única fonte (Deus, por exemplo).
Em seguida Comte
trata de seu segundo tema, a classificação das ciências, que também é divido
nos três estados anteriormente apresentados, entretanto essa divisão não é simultaneamente feita em todos
os domínios. Já que, as ciências distribuem-se de acordo com a complexidade de
seus objetos de estudo, que para ele eram postas na seguinte sequência (da mais
simples à mais complexa, respectivamente), matemáticas, astronomia, física,
química, biologia e sociologia. A sociologia consagra-se como a ciência mais
complexa porque estuda a sociedade onde os seres vivos se conectam, independentemente
de seus organismos. Contrapondo a complexidade da sociologia temos, segundo Comte, a matemática sendo a mais simples das ciências por possuir maior grau de generalidade e estudar a realidade mais simples e indeterminada, entretanto é considerada a base de todas as outras ciências.
Finalmente temos a
reforma das instituições como o terceiro tema principal da filosofia comtiana. Para Comte a revolução era fundamental para que as instituições (que ainda se encontravam no estado teológico e metafísico) se adequassem ao estado
científico positivo em que a ciência se encontrava, porém nessa alteração não foram
apresentados fundamentos para a reorganização da sociedade.
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