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domingo, 20 de abril de 2014

Positivismo de Comte

Augusto Comte, notável filósofo francês, nasceu no ano de 1798 na cidade de Montpellier no dia 19 de janeiro. Aos dezesseis anos de idade, Comte ingressou na Escola Politécnica de Paris, fato que teria forte influência em seu pensamento.
         Em sua teoria, Comte fixou-se em três temas fundamentais sendo estes, primeiro uma filosofia da história, em segundo, uma fundamentação e classificação das ciências fundamentadas na filosofia positiva, e em terceiro, em uma sociologia que admitisse a reforma prática das instituições.
         A filosofia da história pode ser resumida em três pontos fundamentais, em que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se, sendo estes, a fase teológica, que caracteriza-se como a fase em que o homem possui a visão mais limitada e contenta-se em explicar os diversos fenômenos como que pela intervenção de entidades e forças sobrenaturais. Consequentemente viria o estado metafísico, que ainda possui alguns pontos de intersecção com o estado teológico já que ambos procuram soluções absolutas e finais para os problemas do ser humano mas, difere no ponto em que os elementos concretos dão lugar aos abstratos e a argumentação substitui a imaginação, quebrando assim contradições inerentes ao estado teológico. Finalmente temos o estado positivo que caracteriza-se, pela troca da argumentação pela observação, voltado o foco para a pesquisa das leis dos fenômenos e não meramente de suas causas. diferentemente dos estados teológico e metafísico, a filosofia positiva considera impossível a redução dos fenômenos a uma única fonte (Deus, por exemplo).
         Em seguida Comte trata de seu segundo tema, a classificação das ciências, que também é divido nos três estados anteriormente apresentados, entretanto essa  divisão não é simultaneamente feita em todos os domínios. Já que, as ciências distribuem-se de acordo com a complexidade de seus objetos de estudo, que para ele eram postas na seguinte sequência (da mais simples à mais complexa, respectivamente), matemáticas, astronomia, física, química, biologia e sociologia. A sociologia consagra-se como a ciência mais complexa porque estuda a sociedade onde os seres vivos se conectam, independentemente de seus organismos. Contrapondo a complexidade da sociologia temos, segundo Comte, a matemática sendo a mais simples das ciências por possuir maior grau de generalidade e estudar a realidade mais simples e indeterminada, entretanto é considerada a base de todas as outras ciências.  

         Finalmente temos a reforma das instituições como o terceiro tema principal da filosofia comtiana. Para Comte a revolução era fundamental para que as instituições (que ainda se encontravam no estado teológico e metafísico) se adequassem ao estado científico positivo em que a ciência se encontrava, porém nessa alteração não foram apresentados fundamentos para a reorganização da sociedade.

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