A
filosofia positivista criada por Augusto Comte propõe uma análise objetiva de
como a sociedade é, não de como deveria ser, além de ser uma teoria que visava
explicar as coisas relacionadas à vida prática do homem. Ou seja, os positivistas
abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, para buscar explicar
coisas presentes na vida do homem.
Comte
também afirmava que cada indivíduo possuía sua própria função dentro da
sociedade, e para essas funções serem mantidas, as pessoas precisavam ter
consciência da sua importância. O que, em um primeiro momento, pode parecer
algo justificável e de certa forma igualitário, não passa de uma maneira de justificação
das formas de dominação que existiam naquela época, onde o capitalismo era algo
recente.
A
partir desse pensamento poderíamos dizer que todos os setores sociais teriam o
mesmo grau de importância, ou seja, um gari seria tão importante quanto um
médico, um operário seria tão importante quanto um engenheiro. O que é ótimo em
pensamento se torna quase impossível de se realizar, tanto agora quanto na
época de Comte.
Se
as pessoas não têm as condições necessárias, torna-se impossível as funções
delas serem bem realizadas sempre, e é isso que ocorre hoje em diversos
lugares: certos papeis sociais não recebem a importância que merecem e não são
devidamente remunerados, o que acaba gerando miséria, fome, pobreza e diversos
outros problemas sociais.
Portanto,
a teoria de Augusto Comte não pode ser simplesmente descartada, mas a sua aplicabilidade
se torna quase impossível em vista aos diversos problemas.
Bruna de Oliveira R. Alves - Direito Noturno.
Uma grande contribuição para qualquer estudante. Gratidão!
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