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domingo, 20 de abril de 2014

O papel do individuo na sociedade segundo Comte.

        A filosofia positivista criada por Augusto Comte propõe uma análise objetiva de como a sociedade é, não de como deveria ser, além de ser uma teoria que visava explicar as coisas relacionadas à vida prática do homem. Ou seja, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, para buscar explicar coisas presentes na vida do homem.
        Comte também afirmava que cada indivíduo possuía sua própria função dentro da sociedade, e para essas funções serem mantidas, as pessoas precisavam ter consciência da sua importância. O que, em um primeiro momento, pode parecer algo justificável e de certa forma igualitário, não passa de uma maneira de justificação das formas de dominação que existiam naquela época, onde o capitalismo era algo recente.
        A partir desse pensamento poderíamos dizer que todos os setores sociais teriam o mesmo grau de importância, ou seja, um gari seria tão importante quanto um médico, um operário seria tão importante quanto um engenheiro. O que é ótimo em pensamento se torna quase impossível de se realizar, tanto agora quanto na época de Comte.
        Se as pessoas não têm as condições necessárias, torna-se impossível as funções delas serem bem realizadas sempre, e é isso que ocorre hoje em diversos lugares: certos papeis sociais não recebem a importância que merecem e não são devidamente remunerados, o que acaba gerando miséria, fome, pobreza e diversos outros problemas sociais.
        Portanto, a teoria de Augusto Comte não pode ser simplesmente descartada, mas a sua aplicabilidade se torna quase impossível em vista aos diversos problemas.

Bruna de Oliveira R. Alves - Direito Noturno.

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