Auguste Comte,
fortemente influenciado pelo conturbado contexto histórico europeu, durante o
final do século XVIII e o início do XIX, repleto de revoluções, tais como a
Francesa e a Industrial, acabou por criar a Filosofia Positivista.
Essa nova doutrina
filosófica deixa de se preocupar com as causas dos fenômenos, passando a buscar
leis gerais que os regem, para tanto utiliza-se da observação e do método
científico e seu descritivismo.
Comte acreditava na existência de três
estágios, sendo o primeiro o Teológico, no qual prevaleceria a crença no
sobrenatural, nas divindades, seguido pelo Metafísico, que seria um estado de
transição, em que a natureza passaria a ser a entidade geral, e por fim, o
Positivo, que seria o auge, caracterizado pela ciência e plenitude intelectual.
Esses estados caracterizariam não apenas o desenvolvimento da sociedade, mas
também o do próprio indivíduo, relacionando a infância ao estado Teológico, a
juventude ao Metafísico e a maturidade ao Positivo.
Para alcançar tal estágio de perfeição,
segundo o filósofo, a ordem seria indispensável, assim se faria necessária a imposição
da disciplina, da obediência e da hierarquia, portanto, revoluções e mudanças bruscas, seriam
completamente condenáveis.
O Positivismo de Comte teve grande
importância, defendendo que o “objetivo existencial mais
nobre é dedicar a vida às outras pessoas” e consequentemente, pregando a
solidariedade e a coletividade; influenciando de forma bastante evidente o Brasil, desde a
proclamação da República, com o lema “Ordem e Progresso” presente em nossa
bandeira, até os dias atuais, tendo ainda inúmeros adeptos.
Porém,
o que pode ser observado atualmente é que são as mudanças, as manifestações e
as revoluções que transformam e melhoram a realidade, fazendo com que o
progresso realmente ocorra. Assim, ao mesmo tempo que a Filosofia Positivista
têm aspectos louváveis, é passível de inúmeras críticas, não sendo capaz de
abranger a sociedade atual em sua totalidade.
Vitória Vieira Guidi - 1º ano Direito Diurno
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