Em tese, vivemos num Estado Democrático
de Direito e, portanto, temos nosso bem-estar e igualdade judicial resguardados
pelo governo e jurisdição. Todavia -
salvo utopias e idealizações - sabemos
que não é o que ocorre. Como aborda o vídeo da Universidade de Brasília (UnB), “O
Direito Achado na Rua”, há uma imensurável deficiência do direito positivado em
atender as massas populares.
Segundo
o coordenador do vídeo e da matéria, o professor José Geraldo de Sousa Junior,
nossos sistema legislativo e “normativo e dotado de sanção e de coação formalizados
e institucionalizados que corresponde ao monopólio estatal de produção e de circulação
de direito”. Assim, ele afirma que há uma discrepância no modo com que a lei
atende aos interesses de diferentes camadas sociais: enquanto a parcela
elitizada que detém o controle do governo e atendida, as massas populares são,
muitas vezes, esquecidas e marginalizadas;
indicativo de uma justiça não tão vendada assim.
Analisando
os primórdios da historia do Direito, deparamo-nos com um evento da Roma
Antiga: a Revolta do Monte Sagrado. Nela, as classes inferiores, os plebeus,
rebelam-se contra as leis, que privilegiavam a classe nobre, os patrícios,o que
culmina na criação de um dos mais notórios códigos criados ate hoje: a Lei das
doze Tábuas.
Tal episódio nos serve de exemplo para reiterar a tese
de que o direito surge como expressão da sociedade em geral e de que as massas
populares tem sua força
perante a elite dominante.
Tomando o vocábulo “rua” como uma metonímia para as camadas
populares, população em geral, conclui-se, com o vídeo, que o direito fora
roubado das ruas. Ele deve, pois, ressurgir e emergir de nossa sociedade, coesa,
como um todo, a fim de ser uma resposta às mazelas sociais e ser, desse modo,
mais igualitário.
Carlos Eduardo Milani Neme, Direito matutino, turma XXI
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