Estranho notar como
hábitos e ações baseadas simplesmente em interesses egoístas representam parte
fundamental na constituição de algo tão coletivo e essencial como a sociedade
na qual encontramo-nos inseridos.
Talvez, tal
estranhamento seja consequência do fato de observarmos a sociedade como uma
realidade superior à vida de qualquer indivíduo escolhido aleatoriamente entre
nós. Arriscando-me à propor uma proposição de caráter generalista, poderia
afirmar que na maioria dos casos, analisamos nossa sociedade como algo abstrato
e externo à nossa cotidiana existência.
Pois, concentrados apenas em
nosso particular modo de observar e compreender nosso meio social, não nos
apercebemos do fato de que somos parte de um todo constituído basicamente pelas
conexões praticadas e estabelecidas entre nós. Sejam elas consequências de
ações baseadas em costumes, convicções ou objetivos pessoais. Deste modo, tais ações são
responsáveis pela manutenção de nossa sociedade, dentro da qual nos mantemos
unidos de um modo abstratamente coeso.
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