Devido ao caráter incerto das ciências humanas, Max Weber acreditava que não era coerente emitir juízos de
valor com relação às medidas do Estado através de valores econômicos, ou seja,
discordava do chamado determinismo econômico. Defendia, ao contrário, a ideia de que a análise sociológica deveria servir não para induzir
ou coagir o indivíduo a agir de determinada maneira, mas para fornecer-lhe condições
de pensar seu meio social criticamente e, assim, decidir de maneira autônoma e
racional.
O que vemos hoje em dia, no entanto, não é muito próximo da
ideia apresentada por este famoso sociólogo. Hodiernamente, tem-se a ideia de
que, para apresentar caráter científico, as ciências devem apresentar ideias e
soluções precisas, que possam responder com clareza às questões complexas do
convívio humano. Em decorrência disto é possível observar em diversos campos da
sociedade, como através da mídia por exemplo, a recorrência constante à
taxações e estereótipos sob a prerrogativa de análise social, quando a ideia
defendida por Max Weber era justamente o oposto.
Sendo assim, conclui-se que, não obstante as análises já realizadas, ainda há muito o que se estudar e
discutir sobre estes conceitos sociológicos apresentados no século XX. Na tentativa desequilibrada de racionalizar a realidade, permanecemos muitas vezes presos à tipificação das coisas, quando, na
visão de Weber, a Sociologia também tem em suas entranhas a medida do incerto.
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