No início do século XX, a ciência social - devido a
forte influência do marxismo - se encaminhou para o rumo das ciências
nomológicas, o que para Max Weber era extremamente prejudicial à legitimação
dessa ciência. A partir do momento em que se estabelecia um pré-conceito
sobre as ações sociais, em vão faz-se a análise dos fenômenos, pois seu
resultado já estaria originalmente corrompido pelo conceito estabelecido.
Segundo Weber, a ciência social deveria ser baseada
na compreensão, restringindo sua atuação à análise de cada ação social como
fenômeno relevante e digno de interpretação. Ele rejeita as generalizações, as
quais seriam onerosas à compreensão real do fenômeno, além de levaram a criação
de um “denominador comum”, conceito repudiado pelo intelectual.
Tal prática de generalização é comum nas já
mencionadas ciências nomológicas, sendo tal justificada pelo objeto de estudo
dessas. Os fenômenos estudados por ciências como biologia e física podem ser,
após período de observação e experimentação, organizados em leis ou em
sistemas. Entretanto, diferente da trajetória de um lançamento ou do percurso
realizado pelo sangue após ser bombardeado pelo coração, a ação social é
inesperada e subjetiva, sendo impossível mesmo após longo período de estudo,
determinar pontualmente as atitudes de um indivíduo.
A atuação de Max Weber foi fundamental na manutenção da ciência social em sua forma "pura" e crítica, afastando os fantasmas ideológicos fortemente presentes no século XX. Graças a ele, foi possível uma maior legitimação da sociologia como ciência efetiva, com método e rigorosidade científica, refutando-se a ideia de um ciência subjetivista, onde predominava-se mais o pesquisador do que sua própria pesquisa.
Suzana Satomi Shimada - 1º ano, diurno.
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