Total de visualizações de página (desde out/2009)

domingo, 8 de setembro de 2013

Reencantamento do mundo?




O mundo pré-moderno, antes do surgimento do capitalismo ou mesmo das correntes filosóficas iluministas, estava mergulhado em um mar transbordando dogmas religiosos e tradições que determinavam as condutas da sociedade e dos indivíduos. Nesse sentido, representava um mundo encantado; um mundo encantado com os fenômenos naturais, um mundo encantado com as coincidências mais banais.

Contudo, com a revolução tecnológico-científica e com a propagação do capitalismo, esse mundo encantado passou a atribuir aos acontecimentos diários uma nova origem. A religiosidade deu lugar à racionalidade e ao conhecimento científico. O que antes era conferido à vontade divina passou a ter uma explicação racional. Os trovões e relâmpagos, por exemplo, deixaram de ser a manifestação da “ira de Deus” e deram lugar a um fenômeno natural. Assim, de acordo com Max Weber, consolidou-se o desencantamento do mundo.

Do mesmo modo que uma mágica que é revelada transforma-se em apenas um truque, um mundo sem suas crenças não tem sentido em si mesmo. Visto que o progresso irrefreável da ciência continua a explicar mesmo os fenômenos naturais até então inexplicáveis, a religião perde sua função de dar um sentido maior, seja ou mundo, seja à vida.

Seguindo tal raciocínio, seria necessário um “reencantamento” do mundo para curar o ceticismo exacerbado presente na sociedade contemporânea? 



Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno

Nenhum comentário:

Postar um comentário