Ao começar a ler a análise do
texto de Max Weber, deparei-me com uma reflexão curiosa, de cunho pessimista,
que até então eu nunca havia tido. Particularmente, o avanço da racionalização,
o Século das Luzes, o Renascimento, tudo era tido com muito afeto por mim, uma
vez que a racionalidade nos permite muitas descobertas, isentas quando
subordinados à ideologia cristã. Porém, uma vez que se nota que esse avanço da
racionalidade foi um trunfo usado por empresários para o avanço do capitalismo
e da mecanização da economia, esse novo "pensar" não me parece tão
racional assim.
Mesmo
diante desse aspecto racional da sociedade, Weber procura explicar como o
desenvolvimento econômico acontece de formas diferentes no mundo ocidental e
oriental influenciado por aspectos "místicos". Nessa perspectiva, é
possível observar que o papel da religião continuou presente na sociedade mesmo
após o auge do desenvolvimento científico. Nas sociedades ocidentais, por
exemplo, desenvolveu-se de forma heterogênea dependendo da organização
espiritual de cada uma. A economia da Inglaterra pode desenvolver-se mais
rapidamente com a unificação Rei - Igreja. Já em Portugal, a economia
estagnou-se, mantendo-se agrária sob a influência Católica.
Essa
análise serve para refutar e adaptar os pensamentos de Marx, que procurou
analisar todo o processo produtivo através de um único olhar, sem perceber as
especificidades de cada civilização.
No
aspecto social, Weber propõe uma diferente forma de estudo da sociedade,
através da comparação futura. Nesse método, seria analisada a forma que a
sociedade avalia o próprio presente, com a constatação futura do que ela
realmente é. Nessa linha de pensamento, torna-se possível perceber o quanto a
inserção de um indivíduo na sociedade interfere na sua forma de pensar e de
agir, como um aspecto cultural. Assim, somente com o distanciamento da sua
realidade, um intervalo de tempo poderá ser analisado com racionalidade.
Yasmim Silva Fortes - 1º ano - Noturno
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