A falseabilidade dos determinismos de uma ciência refutável
Max Weber, em sua obra intitulada A objetividade do
conhecimento na ciência social e na ciência política, traz-nos uma cosmovisão
de uma sociologia que abarca a interpretação da ação social.
Reduzindo-a, de certo modo, denotamos que essa interpretação
se enseja no aspecto majoritariamente valorativo, ou seja, embasado em um juízo
de valor proveniente de situações em que o ser social se encontra imerso para
consigo tomar determinadas decisões. Contudo, cuida-se ressaltar que não são
dogmatismo, tal como diz ser as teorias marxistas de redução à fatores econômicos,
mas sim como tal pode-se criar em uma religião aspectos de uma ética imutável e
incondicionalmente seguida.
Logo, as ações humanas são pautadas por juízos feitos pelo
ser, de tal forma que, compete a ciência somente a análise das condições que influíram
no domínio da iniciativa do fato, entretanto, não lhe cabe impor normas ou leis
que necessariamente implicam em tal condição.
Até porque, partindo da concepção da falseabilidade da ciência,
de Karl Popper, é impossível à ciência definir dogmas ou leis históricas, já que
lhe é fato que são somente teorias e, enquanto não são refutadas ou abarcadas
por teorias mais amplas são validas, contudo, basta-lhes uma única contradição
em sua realização empírica para derrubá-la.
Faz-se mister que,
embora ajuizado a ação humana, Weber generaliza-a em 4 fatores, que são fundamentais
para formulação da ação. São aspectos, de fato, certos para configurarem uma
análise longe do determinismo, mas por seu lado, se embasados em teorias da
psicologia e behaviorismo, podemos assinalar que, embora haja certos fatos
concernentes às atitudes, alguns, que se analisarmos pela ótica popperiana, não
podemos chamar de ciências, pois não são refutáveis, já que sempre apresentam
uma válvula de escape, mas que, até certo ponto, são de eminente grandeza para
configurar um “determinismo”, tal como o é fatos psicológicos abrangidos pelo
meio em que se situa, embora haja deveras exceções, não podemos nos abster de coloca-los
como de determinantes até certo ponto, como retratam obras existencialistas,
tal como a de Dostoievski
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