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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma naturalização contra a natureza


     Advinda da crítica de Marx e Engels sobre o capitalismo, a ideia da naturalização da sociedade em torno de questões totalmente inaceitáveis, apesar de acontecer na época de publicação do “Manifesto Comunista”, seu efeito pode se estender até a atualidade.
     O conformismo exposto por eles em sua obra, abre um leque de problemas que a sociedade possui e que já estão enraizados nela. A grande massa se conformou com as dificuldades, aceitou seu emprego medíocre proveniente de um sistema dualista e opressor, que é o capitalismo. Contentam-se com meras ajudas do governo que não significam nada diante da riqueza do Estado. Não tem ambições, apesar de quererem mudar a situação, não o fazem pelo puro conformismo criado.
     Há muitas instituições a se culpar por essa problemática criada, partindo do Estado e alcançando a mídia. O Estado, claramente, dita as regras e impõe o que lhe achar conveniente, dentro dos trâmites legais, caso seja uma democracia. A mídia, tem o poder de esconder os reais problemas de uma sociedade, e mostrar coisas fúteis no lugar, portanto, ao unir o Estado e a mídia, ou seja o poder e o meio de comunicação mais acessível, é possível causar a alienação em grande parte da sociedade.
     Infelizmente essa alienação não se detinha ao campo do noticiário, durante o séc. XIX, o proletariado levava essa alienação para seu próprio trabalho e para toda a vida ao seu redor, levando-a assim de modo infeliz e paupérrima. Apesar, de não vivermos mais no séc. XIX, essa situação ainda pode ser observada, levando-se em conta a camada mais pobre do Brasil, que não é pouco. Trabalham exaustivamente, recebem salários ridículos quando comparados com sua carga horária e tem de sustentar toda sua família, enquanto isso a mídia brasileira está está exibindo notícias sobre traição entre famosos, nossas Universidades Federais estão em greve e o país está assistindo a um dos maiores julgamentos dos últimos anos. 
     Portanto, percebe-se essa naturalização, essa acomodação do homem em relação a péssima situação em  que vive, e a solução não parte apenas da solução dos causadores do problema, como Estado e mídia, mas sim do próprio homem recobrir a noção e desenvolver seu senso crítico.

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