Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Egocentrismo contra o progresso



O rompimento com o feudalismo através dos novos meios de produção vindos da burguesia gerou novas esperanças e sonhos para a população europeia, entretanto a luta de classes e o constante conflito entre opressor e oprimido, não tiveram seu fim.
 Os inúmeros avanços tecnológicos logo se reverteram para a própria exploração do homem, o fluxo de novas ideias contra o bem-estar humano, o capital visto como único e precioso. O estabelecimento de contratos mostra este ideal, apesar de proporcionar uma segurança jurídica e política, mostra que cada vez mais as pessoas estão distantes umas das outras, não existe mais a CONFIANÇA no próximo, a palavra que a dívida será acertada não basta, é necessário que haja punições.
O filme "Batman- O Cavaleiro das Trevas" mostra claramente este problema através do premiado e consagrado "Coringa", onde suas armadilhas deixam como mensagem o egocentrismo presente nos dias atuais e como os seres humanos priorizam apenas o aspecto financeiro.
Marx e Engels relatam que a modernidade estava a favor dos dominados, seria uma ferramenta para uma melhor exposição de pensamentos e a propagação dos mesmos, mas para qual fim foram realmente utilizados? Ao mesmo tempo em que trouxeram progresso, vieram com os moldes da dominação burguesa, o consumismo sendo exaltado, realmente a nova classe dominadora criou um mundo à sua imagem.
Este mundo possuía sim suas ferramentas para a autodestruição, porém a implantação de um Estado Social de Direito amenizou as grandes desigualdades através da concessão de direitos básicos para os trabalhadores, uma migalha se comparado ao que realmente mereciam. Este amortecimento na relação entre explorador e explorado é como uma manta, onde evita o atrito e atribui funções, assim como o contrato, o qual foi fundamental para estabelecer a ordem e o progresso econômico, mas não social. O egocentrismo ainda está presente e de forma rígida, as palavras das pessoas são idealizadas, mas seus atos realmente mostram o que são, seres dominados pela cobiça.

João Pedro Leite- Primeiro ano Direito Noturno


Nenhum comentário:

Postar um comentário