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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ensaio sobre a mudança


Muitas vezes, apesar da boa fé e até mesmo da lógica, as previsões a respeito do futuro não se concretizam.    No filme "Ensaio sobre a cegueira", baseado no livro de Saramago -cujo título é o mesmo- a população é acometida por um surto inexplicável de cegueira generalizada, que ao invés de dar fim ao egoísmo e a individualidade, as preservam de alguma forma. Na história, ainda existe margem para a instituição de poder e de violência, ainda existem mortes sem sentido e maldade, mesmo havendo uma característica significativa a qual ocasione a união entre as pessoas: a limitação drástica dos sentidos.

Em sua obra, "Manifesto Comunista", por outro lado, Marx e Engels dissertam sobre várias situações e imaginam o "por vir", o que o tempo traria para a sociedade. Em um momento especial do texto, discorre-se sobre como os meios de comunicação seriam responsáveis por unir o proletariado separado pela distância e assim dar força a luta contra a burguesia. Tal hipótese claramente não se realizou até os dias de hoje infelizmente, afinal, há o real aproveitamento da internet? Utilizam-se os aviões e os celulares em prol de um movimento dos trabalhadores? 

 É perceptível que o uso fruto dos benefícios da tecnologia é limitado pela conveniência dos grupos dominantes, sem contar que a classe trabalhadora talvez esteja mais conformada e inerte, assim como outros grupos os quais antes tinham mais atividade política e social, os estudantes, por exemplo. 

Resta a nós, desse modo, continuarmos sendo espectadores idealistas, que permanecem refletindo e desejando um ensaio próprio sobre a mudança, sobre as conquistas sociais no mundo contemporâneo, ora é justamente isto que alimentará a possibilidade de melhora na vida humana, afinal de contas "A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança."







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