É fácil ver a atualidade da obra
de Marx e Engels em cada situação nova que surge no nosso mundo globalizado do
século XXI, desde as revoltas na primavera árabe até as crises nos países
europeus como a Grécia, por exemplo, sendo que no segundo caso está estampado
como a retirada de privilégios não mais do que essenciais de uma população e o
abandono de políticas públicas em favor de um fortalecimento da economia pode
ser doloroso para um governo e seu povo.
Para os
dois sociólogos, a globalização, mesmo que não enxergada tão claramente em
todas as suas inúmeras parcelas, viria com o crescimento da classe burguesa
detentora dos meios de produção e ao contrário do desejado pelos mesmos, tal
novo período da história mundial seria restrito à aqueles que possuíssem a
economia em suas mãos, já que a parte humana seria deixada cada vez mais de
lado dando início mais uma vez a uma luta de classes: a menos favorecida em
busca de sua parcela do “novo mundo” e a mais favorecida tentando manter sua
própria parcela e quem sabe não adquirindo mais algumas.
Para
Marx e Engels a luta de classes seria o motor para o fim do capitalismo, a
vontade do proletariado em erguer seus instrumentos de trabalho e se unir em
busca de algo melhor traria fim ao capitalismo e se iniciaria outra era, mas
não é bem assim que revoluções acontecem atualmente. Se os dois pensadores
acertaram em muitas coisas sobre os novos regimes de governo e formas de
regimento econômico atuais, erraram, ou não imaginaram o tamanho que poderia
chegar o poder do capitalismo e sua influência sobre a população. Tamanho é
este poder que as lutas sociais e revoluções do proletário apenas derrubam
governantes e mantém a mesma ordem de governo, a mesma sociedade do mérito e do
acumulo de capital, transformando a socialismo científico de Marx e Engels em
utopia.
Mas é
através do uma das criações do capitalismo, a internet por exemplo, que movimentos
em favor de uma maior distribuição daquilo que foi adquirido com a revolução
industrial e globalização surgem, nos mostrando que assim como o capitalismo se
utiliza de meios para se fortalecer ao utilizar o socialismo, esta idéia mais
humanitária também pode começar a usar de ferramentas criadas pelo próprio
regime vigente atualmente.
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