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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Desmistificando o comunismo

     O manifesto comunista de Marx e Engels, publicado em 1848, aborda com minucia e de modo a desmistificar tabus e idéias errôneas o "fantasma do comunismo". Tal documento histórico foi utilizado nas décadas subsequentes para estudar a ideologia e consequentemente seu antagonista: o capitalismo. Expunha as idéias que a liga dos comunistas defendia e os incitava a lutar de maneira revolucionária contra o sistema opressor e explorador sob o qual estavam submetidos. 
     Em seu primeiro capítulo discorre sobre a luta de classes, relação responsável por todas as revoluções na qual um lado é explorado e outro explora, sobretudo no sistema capitalista onde essa relação torna-se acirrada e explicita. Qualifica a burguesia como classe revolucionária que liberta os homens dos grilhões políticos que os impediam de empreender, no entanto tal comentário não consiste em um elogio, apenas reitera a capacidade do sistema capitalista de revolucionar as estruturas de maneira nunca antes vista. Diz, ainda, que os abismos sociais criados evidenciavam ainda mais a necessidade da existência do pobre para a sobrevivência do rico. 
    O segundo capítulo é marcado pela defesa da ideologia comunista contra as abjeções lançadas à seu respeito. Tem o intuito de mostrar que o partido comunista não é um partido proletário, mas em defesa do proletariado contra a pseudo-ideia de liberdade e individualidade pregadas pela burguesia, que na verdade são apenas manipuladas em virtude de seus próprios interesses. Enumera o procedimento necessário para a instauração do comunismo, e nesse ponto recebe suas maiores críticas. Os exemplos de procedimento são: trabalho obrigatório, confisco, expropriação de terras e abolição do direto à herança. Críticos alegam que as medidas são autoritárias e abusivas, e se sobrepõe à ideologia. 
    O último capítulo é reservado para a critica irônica, por parte de Marx e Engels, ao próprio socialismo e suas ramificações que pregam idéias que vão de encontro à filosofia original. 
    Por fim, pode-se dizer que nem socialismo e nem capitalismo podem ser considerados sistemas perfeitos, ambos possuem suas contradições e nebulosidades, sendo preciso serem pensados e estudados. 




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