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domingo, 3 de julho de 2011

Durkheim e o Fato Social

Durkheim estabelece o conceito de Fato Social como principal foco nos estudos sociológicos, diferenciando-os de outros fenômenos sociais que não são objetos de estudo estritos da Sociologia. Ele faz esta discrição baseando-se nos diferentes objetos de escopo da psicologia e das ciências biológicas. Para o autor há muitas diferenças entre os objetos de estudo da Sociologia e das outras ciências (apesar, de que para ele, o Fato Social não difere – em sua essência como “coisa” a ser estudada pelos métodos da razão e observação -). Essas diferenças baseiam-se na visão do autor por um estudo mais profundo dos acontecimentos inerentes à sociedade, ele faz uma crítica ao generalismo com o que certos acontecimentos são chamados de fatos sociais, por exemplo, ele faz uma critica a esse movimento quando diz que alguns estudiosos chamam qualquer fato acontecido no seio da sociedade de fato social, para ele isso é uma iverdade na medida em que vários fatos se sucedem na sociedade, sem de fato serem fatos sociais, pois na medida em que isso é verdadeiro ( qualquer fato ocorrido na sociedade = fato social) a Sociologia fica sem um objeto de estudo definido e delimitado.

Durkheim também critica o método de como alguns autores estudam os objetos de sua análise, pois este método, baseando-se não na análise racional e observatória, mas sim em uma análise ideológica, subjetiva de cada estudioso, desconfiguram o objeto de estudo ao fazer uma analise que vai das idéias às coisas e não das coisas às idéias, atentando e relembrando dos “ídolos da mente” um grande obstáculo da análise cientifica e racional teorizada por Francis Bacon. Há mais, para Durkheim é em sociologia, onde os fenômenos só ocorrem por força humana, que as prenoções e os preconceitos estão em condições mais aptas de “turvar” a visão do estudioso.

Durkheim diverge de Comte no sentido de este último se distanciar das verdades sociológicas, se distanciando dos estudos dos fatos e convergindo sua teorização para uma idéia subjetiva de História e não a História em si. O autor ainda critica Spancer que dizia que a sociedade era erigida na cooperação espontânea dos indivíduos, sem no entanto fazer um estudo objetivo da sociedade. Em verdade, Durkheim crítica os métodos inadequados e/ou ausentes que tais autores se utilizaram para a análise da sociedade.

Para o autor, o conceito de fato social é todo aquele que não depende da vontade do individuo, esta externo a ele, o induzindo a determinadas ações, e tem como substrato o agir do homem em sociedade, de acordo com as regras sociais. Quando o individuo se nega a proceder segundo à vontade social externa e pré-estabelecida ele sofre uma sanção, que visa restabelecer a ordem social vigente. Neste caso, a educação tem um papel fundamental no processo de criar o ser social, interiorizando nele as premissas que a sociedade deseja, dando ao indivíduos visões e idéias que ele não chegaria espontaneamente. Neste processo, o individuo pode até acreditar que algumas idéias são propriamente dele, uma mentira, visto que ele já esta tão acostumado em agir de forma pré-estabelecida que nem se da conta que essas idéias o foram impostas, ele se acostuma e se adapta a elas: “Assim,

também o ar não deixa de ser pesado, embora não sintamos mais seu peso.”.

Para o autor, mesmo que as formas de comportamento que se manifestam no indivíduo traduzem os hábitos forjados em sociedade, daí as ferramentas estatísticas são o melhor meio de se saber como essas predisposições se manifestam em um “estado da alma coletivo”.

Postado por: Rahman Navarro de Freitas Kassim

data: 3 de julho de 2011, às 21:15

A função da divisão do trabalho segundo Durkheim

Para Durkheim existem dois tipos de funções: uma que designa um sistema de movimentos vitais e suas conseqüências e outras vezes aponta a relação de correspondência desses movimentos às necessidades do organismo. É na segunda idéia que reside o termo divisão social do trabalho. Uma função necessária à manutenção da sociedade.

A divisão do trabalho social, para Durkheim, extrapola o limite mais óbvio que é a produção e a reprodução material mais eficiente, para ele, além da divisão prover os meios necessários para a subsistência material (além da acumulação e excedentes produtivos). Essa divisão produz (não tendo em vista fins, pois isso suporia que a divisão do trabalho existe tendo em vista resultados que vamos determinar) esses meios materiais, que somente são alcançadas a partir da concepção da divisão do trabalho como algo solidário e recíproco. Para ele a solidariedade é o elemento chave da existência da vida em sociedade, sem a solidariedade é impossível viver em sociedade, pois é nela que se baseia o convívio social.

A solidariedade acontece na medida em que as necessidades se complementam “Busca-se no diferente aquilo que não se

tem, mas deseja-se”. Isso é fato para causar a amizade e em maior escala é o elemento chave da existência da vida em sociedade “ Somos assim levados a considerar a divisão do trabalho sob um novo aspecto. Neste caso, com efeito, os serviços econômicos que ela pode prestar são pouca coisa ao lado do efeito moral que ela produz, e a sua verdadeira função é criar, entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade... “.

A verdadeira função do trabalho social é em suma moral, e não econômica, sua função é gerar solidariedade entre os indivíduos. A partir de definida qual é a função social do trabalho, Durkheim teoriza dois tipos de solidariedade que estão estritamente ligadas ao grau de desenvolvimento da sociedade, e em conseqüência, ao grau de divisão social do trabalho ( quanto mais desenvolvida for a sociedade, maior o grau de divisão social do trabalho, e essas características determinarão o tipo de solidariedade existente na sociedade). Os tipos são: solidariedade mecânica, neste tipo de solidariedade, a sociedade é tão mais coesa (baseadas predominantemente na divisão social familiar e em clãs) e a divisão do trabalho é pouco desenvolvida, sendo esta sociedade primitiva, a ruptura da solidariedade social constitui crime, este crime impõe uma sanção, muitas vezes severa, dado que o que impera neste tipo de sociedade é o direito penal, o crime é punido não de acordo com o seu peso social, mas pelo simples fato de constranger a ordem social. Outro tipo de solidariedade é a solidariedade orgânica, neste tipo de sociedade a divisão do trabalho social é bem desenvolvida, a organização social é mais complexa (mas não exclui os grupos familiares) e esta sociedade sociedade é regida não por um direito penal punitivo, mas outras formas de direito ( civil, administrativo, comercial ...) que são restitutivos. Um crime não abala a ordem social como um todo, tendo um efeito minoritário.

Postado por: Rahman Navarro de Freitas Kassim

data: 3 de julho de 2011, às 21:13

Os porquês dos comportamentos

A sociologia de Weber ao buscar a compreensão do sentido da ação social refuta o materialismo histórico, tido por ele como dogmático, e todo tipo de lei ou ideal obrigatório aplicado à sociologia, uma vez que seu estudo baseia-se, principalmente, na motivação dos indivíduos nas ações sociais.

São levados em consideração no estudo de Weber, enquanto influências na motivação do individuo, mesmo que implicitamente, os valores religiosos, políticos e culturais, além da economia.

Nesse sentido o autor critica Marx ao utilizar o fator econômico como o único e determinante nas ações dos indivíduos, como já dito, ele não o ignora, apenas o considera um dos fatores que, unido aos aspectos culturais, contribui na investigação da ação social. Weber ainda divide as ações sociais em quatro tipos para entender seus procedimentos.

Utilizando-se do método comparativo em suas análises o autor cria um objeto ideal e o coloca em paralelo com o objeto real, existente, conseguindo, assim, organizar a complexidade do real e chegar à verdade científica, fruto dessa comparação.

Observando os métodos de estudo e as idéias de Max Weber (relativização dos aspectos sociais em sua influencia na ação dos indivíduos) é possível perceber sua intenção de buscar uma so­ciologia capaz de revelar as intenções que estão por trás dos comportamentos dos indivíduos.

Proletários, uni-vos!


O Manifesto Comunista escrito por Karl Marx e Friedrich Engels como panfleto político (e não obra científica) para a Liga dos Comunistas trouxe uma visão da história como constante “luta de classes” e uma idéia do capitalismo como sistema econômico criador de uma rede mundial de comércio.

A obra mostrou que o capitalismo e a sociedade burguesa, apesar de terem sido os primeiros a dar provas de que a atividade humana pode empreender, aprofundaram a questão histórica da luta de classes.

A função primeira do Manifesto foi instigar o proletariado a se organizar e derrubar a ordem vigente (capitalista) através da ditadura do proletariado (expropriação do Estado burguês pela classe operária), sendo esse o primeiro passo para o estabelecimento do socialismo (ruptura com a forma de estado vigente através de uma revolução).

Inseridos nesse ideal da obra, os meios de comunicação mais desenvolvidos criados pela indústria moderna auxiliaram a transformação das lutas locais, todas do mesmo caráter, em uma luta nacional entre classes.

Como objetivo final de Marx e Engels ao escreverem a obra tem-se a criação da sociedade comunista a partir da ruína da opressão do poder público, que segundo os autores não passava de um comitê para gerenciar os assuntos comuns de toda a burguesia, e da separação social em classes.


Noções de um socialismo “palpável”

No estudo do socialismo, Friedrich Engels, co-autor do Manifesto Comunista de Karl Marx, notou que o Iluminismo, tido por ele como o momento em que a humanidade desperta para um olhar a si mesma sob a perspectiva da razão, trazendo a emancipação dessa, resultou em uma ordem de privilégios burgueses, focando-se na emancipação apenas da classe burguesa.

O ideal de solidariedade ampla e plena possuída pela sociedade, que geraria um modo de produção onde todos trabalhariam por todos, defendido pelos socialistas utópicos (Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier) foi criticado por Engels, que sabia que a burguesia não abriria mão de seu "egoísmo", ainda mais tendo em mente a luta travada por essa para chegar ao poder.

Sua critica aos utópicos se apresentou em nome da criação de um socialismo forjado como ciência, tendo nas condições históricas, e não na razão pensante, o motivo para seu surgimento.

Ainda na busca por um socialismo cientifico, o autor defende o abandono da metafísica, assim como a necessidade de uma visão ampla (enfoque em dimensões múltiplas) dos objetos de estudo, eliminando a idéia cartesiana de fragmentação para obter mais clareza no estudo.

Tendo como base o que foi apresentado, percebe-se a importância de Engels quanto a noções introdutórias, posteriormente desenvolvidas no Manifesto comunista, de um socialismo cientifico e aplicável, surgido de um percurso incontornável da história e não como obra do gênio humano.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

A intenção do Manifesto comunista.

Em "O manifesto comunista", Marx e Engels buscam, inicialment, esclarecer de que maneira se organizam as relações de trabalho no sistema capitalista. Na visão Marxista, toda a história é marcada pela luta de classes, onde uma explora a outra. Assim, como o sistema capitalista acentua essa exploração, baseando seu modo de produção na obtenção de lucro à qualquer custo.
O Manifesto defende a ideia de que, no sistema capitalista, para que os ricos existam é necessário existirem pobres. e que o Estado é tão somente um comitê organizado para defender os interesses da classe dominante, em qualquer sociedade.
Os autores alertam sobre como o sistema capitalista conseguiu mudar as estruturas sociais, fazendo com que os indivíduos, embora presos como escravos às novas necessidades criadas pela burguesia para viabilizar o comércio, tenham uma sensação de liberdade e igualdade de oportunidades. Com isso, os homens perdem suas relações familiares, perdem suas propriedades, sem, porém perder a convicção de que são livres.
O Manifesto busca resgatar aos proletariados, o sentimento de revolução, de se tornarem donos de seus próprios trabalhos (modos de produção, de troca), sem serem subjugados por outros. Propõe, para isso, a formação do proletariado em uma classe, a derrubada da supremacia burguesa e a conquista do poder político pelo proletariado.

O surgimento do socialismo moderno.

No livro Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, Engels explica que o Socialismo do passado tinha sido utópico - mantendo a crença em quando numa sociedade todos o compreendessem e nele acreditassem. Engels escreveu, "... Os Utópicos tentaram evoluir a partir do cérebro humano. A sociedade apresentaria apenas erros; eliminá-los era tarefa da razão. Era então necessário descobrir um novo e mais perfeito sistema de ordem social e impô-la à sociedade a partir de fora com propaganda, e, sempre que possível, pelo exemplo de experiências modelo.". Porém, ele não deu certo, porque o socialismo verdadeiro deve ser desenvolvido apartir da ciência e não da cabeça de alguns homens iluminados.
O socialismo efetivo não é a descoberta casual de tal ou qual intelecto genial, mas fruto do estudo da concepção materialista da história, um produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: o proletariado e a burguesia. Sua missão já não era elaborar um sistema o mais perfeito possível da sociedade, mas investigar o processo histórico econômico de que, forçosamente, tinham que brotar essas classes e seu conflito, descobrindo os meios para a solução desse conflito na situação econômica assim criada, o que ficou mais fácil com a descoberta da mais-valia.
O socialismo moderno é, em primeiro lugar, por seu conteúdo, fruto do reflexo na inteligência, de um lado dos antagonismos de classe que imperam na moderna sociedade entre possuidores e despossuidos, capitalistas e operários assalariados, e, de outro lado, da anarquia que reina na produção. Ele destina-se a pesquisar as condições históricas e, inspirar assim à classe chamada a fazer essa revolução, à classe hoje oprimida, a consciência das condições e da natureza de sua própria ação.

A solidariedade como consequência da divisão do trabalho.

Para Durkheim, apesar da sociedade estar passando por uma crise moral gerada pelo avanço do individualismo e pela expansão das artes, da indústria e das ciências, é justamente a moral que controla a divisão do trabalho. E esta tem como efeito mais importante gerar uma corrente de solidariedade entre dois ou muitos mais indivíduos.
Ao juntar indivíduos que de outro modo viveriam separados, a divisão do trabalho cria vínculos que de outra forma não existiriam. Estes vínculos não ocorrem apenas entre semelhantes, mas também ocorrem entre indivíduos diferentes, como por exemplo, o empregador e o empregado, que buscam um as características do outro e, assim, se completam e harmonizam.
Dessa forma, a divisão do trabalho se torna indispensável para a manutenção de uma sociedade complexa. Ela garante o equilíbrio e a coesão social, através da especialização das tarefas e da necessidade de integração total das diferentes funções sociais geradas por essa especialização.

As normas sociais invisíveis.

Inicialmente, em "Que é fato social?", Émile Durkheim define que é necessário tratar os fenômenos sociais como coisas, pois com isso fica mais fácil análisá-los sob a forma de dados. Ele também critica a análise desses dados sob uma perspectiva ideológica, pois isso atrapalha o estudo objetivo.
Segundo ele, na análise dos fenômenos sociais é necesário eliminar pré-noções e ideologias para chegar ao verdadeiro conhecimento científico. Ao tocar nesse assunto, o autor faz referência aos ídolos de Bacon, que são responsáveis por provocar falsas percepções do mundo em nossas mentes.
Para definir fato social é fundamental classificá-lo como 'coisa' de natureza semelhante a um objeto concreto, sem entrar no metafísico. Além disso, para definir esse conceito é necessário fazer um estudo neutro e objetivo da sociedade.
Por fim, o autor define fato social como um conjunto de regras impostas a um indivíduo, que independem de sua vontade, e influenciam sua maneira de agir na sociedade. Mesmo não sendo impostas pelo Direito ou por outra força coercitiva, tais regras são respeitadas pela impossibilidade de se fugir à elas. O fato social força o indivíduo a ter pensamentos e sentimentos que foram impostos a ele em diversas situações sem que ele percebesse.

Sem ordem não há progresso.

Augusto Comte usa basea sua filosofia positiva em um método de análise do real e do concreto, combatendo as abstrações. Por influência de Bacon, o conhecimento é obtido através da observação sistemática dos fenômenos da natureza e as ciências são voltadas para o estudo para o estudo das causas e leis que os regem.
Essa filosofia representa o amadurecimento do espírito humano, sofrendo forte influência de Bacon e Descartes. Ela usa da união entre ciência e técnica para transformar a natureza e chegar ao bem comum, onde este é representado pelo progresso.
Para permitir esse progresso é necessário a manutenção da ordem. No corpo social esse progresso é representado pelos avanços científicos e tecnológicos que promovem maior bem-estar para toda a sociedade. Por isso, o liberalismo é combatido, já que ele gera desordem, atrapalhando o progresso.
O positivismo visa reestabelecer a ordem na sociedade moderna. Suas leis gerais são baseadas no estudo dos fenômenos do universo. Segundo os fundamentos do positivismo, é necessário romper com o isolamento das ciências. Tudo tem seu lugar social definido, porém para que o corpo todo funcione bem é fundamental que cada célula funcione e cumpra sua função.

O conhecimento verdadeiro.

Francis Bacon defende a observação rigorosa da natureza e experimentação ilimitada para superar o senso-comum e chegar ao conhecimento verdadeiro. Dessa forma, é possível regular a mente a fim de entender a natureza. Ele combate tudo que possa ser obstáculo à construção do conhecimento verdadeiro, entre esses obstáculos estão as diversas ideolgias, os sentidos e os ídolos (ídolo da tribo, da caverna, do teatro e do foro).
Critica a ciência como simples exercício da mente, pois para ele a ciência deve ter uma utilidade prática, a função de ferramenta usada pelo homem em sua luta contra a natureza, visando dominá-la e melhorar a condição da vida humana. Por isso, Bacon afirma que as correntes filosóficas clássica e tradicional são inúteis, já que não promoveram o bem-estar do homem.
Segundo Bacon, a ciência deve ser usada conhecer o mundo real, fugindo do que é fruto dos sentidos, pois eles nos enganam e nos passam uma falsa visão do mundo, os enganos produzidos por eles devem ser combatidos. A exploração científica deve ultrapassar-los e estudar, inclusive, o que é imperceptível a eles (por exemplo, coisas que não vemos ou escutamos, como ondas e partículas). A ciência deve buscar o conhecimento verdadeiro, sem a influência de qualquer visão de mundo, sobretudo no que diz respeito às ideologias e ao senso-comum.

O objetivo do conhecimento científico.

René Descartes elaborou um método científico baseado na razão, contrário à superstição e ao metafísico na busca pelo conhecimento. Ele afirma que para se obter conhecimento verdadeiro é necessário um estudo neutro, objetivo e racional, onde os sentidos e pré-noções não são considerados. O autor ainda define a fonte primária do conhecimento verdadeiro, Deus.
Seu método tem a dúvida como princípio fundamental, ele começa por duvidar de tudo o que conhecia até que ele chegou a uma verdade incontestável: "eu penso, logo existo" e, apartir dela, definiu que a clareza é o critério fundamental para diferenciar o verdadeiro do falso. Para ajudar a perceber isso, o autor faz uso da fragmentação de seu objeto de estudo e foca inicialmente nos fragmentos mais simples, pois segundo ele, isso facilita a observação e compreensão.
A ciência deve ser uma ferramenta, logo, não deve ser objeto de contemplação, mas sim, ter uma utilidade prática, que, para Descartes, é a transformação e dominação da natureza para melhorar a condição de vida do homem. Dessa forma, a ciência compre sua função: ajudar o homem em sua missão de entender e dominar tudo o que foi criado por Deus.

“A objetividade do conhecimento na ciência social e na ciência política”, Max Weber

No texto, Weber promove um debate para estabelecer a distinção entre juízo de valor e conhecimento cientifico. A escolha de valores ou de fins é tarefa do homem pratico, não é tarefa da ciência. Weber ainda critica também o pensamento determinista da ciência.Além do conhecimento dos juízos de valor, a ciência pode ainda avaliá-los criticamente. Portanto, a ciência pode oferecer conhecimentos sobre juízos de valor, propiciando ao homem condições de avaliá-lo criticament
O sociólogo alemão também desaprova o uso metodológico do materialismo histórico, uma vez que a generalidades conceituais provenientes desses métodos deixam de fora da analise as individualidades históricas que não podem ser subsumidos as leis gerais. Adiante, discute sobre os fenômenos sociais. O cientista social pode investigar valores sem glorificá-los ou condená-los, isentando-se da subjetividade. Por ultimo se discute sobre a realidade e método das ciências sociais. A resposta a esse assunto é esclarecida por Weber a partir da construção dos tipos ideais. O tipo ideal é um poderoso instrumento de investigação da realidade. Sua função é a de ordenar a realidade e torná-la acessível a pesquisa como instrumento de conhecimento.