Francis Bacon defende a observação rigorosa da natureza e experimentação ilimitada para superar o senso-comum e chegar ao conhecimento verdadeiro. Dessa forma, é possível regular a mente a fim de entender a natureza. Ele combate tudo que possa ser obstáculo à construção do conhecimento verdadeiro, entre esses obstáculos estão as diversas ideolgias, os sentidos e os ídolos (ídolo da tribo, da caverna, do teatro e do foro).
Critica a ciência como simples exercício da mente, pois para ele a ciência deve ter uma utilidade prática, a função de ferramenta usada pelo homem em sua luta contra a natureza, visando dominá-la e melhorar a condição da vida humana. Por isso, Bacon afirma que as correntes filosóficas clássica e tradicional são inúteis, já que não promoveram o bem-estar do homem.
Segundo Bacon, a ciência deve ser usada conhecer o mundo real, fugindo do que é fruto dos sentidos, pois eles nos enganam e nos passam uma falsa visão do mundo, os enganos produzidos por eles devem ser combatidos. A exploração científica deve ultrapassar-los e estudar, inclusive, o que é imperceptível a eles (por exemplo, coisas que não vemos ou escutamos, como ondas e partículas). A ciência deve buscar o conhecimento verdadeiro, sem a influência de qualquer visão de mundo, sobretudo no que diz respeito às ideologias e ao senso-comum.
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