O marxismo, na sociologia, entende a história humana como resultado das condições materiais de existência — ou seja, da forma como os seres humanos produzem sua vida. Para Marx, não são as ideias que moldam o mundo, mas as relações econômicas e sociais que determinam as ideias, a cultura e as instituições. Essa concepção materialista da história analisa as sociedades a partir da luta de classes, mostrando como as estruturas econômicas (como o modo de produção capitalista) influenciam diretamente a organização social, os conflitos e as transformações históricas.
Segundo essa visão, a sociedade está sempre em movimento por meio de contradições entre classes sociais — especialmente entre aqueles que detêm os meios de produção (burguesia) e os que vendem sua força de trabalho (proletariado). A história, portanto, não é neutra nem linear, mas marcada por disputas de poder, exploração e resistência. As mudanças sociais surgem quando essas contradições se tornam insustentáveis e geram rupturas no sistema.
Além disso, o marxismo propõe que a consciência das pessoas é moldada por sua posição na estrutura econômica. Isso significa que ideologias dominantes — como valores de sucesso individual ou meritocracia — servem para manter as desigualdades e mascarar a realidade da exploração. Ao desvelar essas ideologias, o marxismo busca compreender a sociedade para transformá-la, orientando a prática política em direção à superação das injustiças estruturais.
Anna Lívia Izidoro Ferreira, 1° Direito Matutino
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