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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Marxismo Contemporâneo: Crítica ao Capitalismo e Denúncia das Desigualdades

    No contexto contemporâneo, o sistema capitalista permanece como o modelo econômico predominante em escala global. No entanto, suas contradições estruturais tornam-se cada vez mais visíveis, especialmente diante da intensificação das desigualdades sociais, da concentração de renda e da precarização das condições de trabalho. Nesse cenário, a teoria marxista, desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels, continua a oferecer uma base analítica sólida para compreender as dinâmicas de exploração e dominação que caracterizam o modo de produção capitalista, reafirmando sua relevância crítica diante dos desafios atuais.

    Marx e Engels denunciaram que a história da humanidade é, essencialmente, a história da luta de classes. Essa luta, hoje, se manifesta na oposição entre uma elite econômica globalizada e uma maioria trabalhadora submetida a condições cada vez mais precárias. O conceito de mais-valia, central no pensamento marxista, explica como o capitalismo lucra a partir da exploração do trabalho: o operário produz mais valor do que recebe em salário, e essa diferença é apropriada pelo dono dos meios de produção. Isso se reflete nas grandes corporações tecnológicas, que acumulam bilhões enquanto terceirizam empregos e negam direitos básicos aos trabalhadores.

    Um exemplo atual que evidencia essas contradições é o governo dos Estados Unidos sob presidências neoliberais, que priorizaram cortes de impostos para os ricos, desregulamentação do mercado financeiro e ataques aos direitos trabalhistas. Enquanto isso, milhões de norte-americanos vivem sem acesso a saúde pública de qualidade, enfrentam altos custos com educação e são submetidos a jornadas de trabalho exaustivas. Essa realidade revela, como apontou Friedrich Engels, que o Estado atua como instrumento da classe dominante, moldando políticas públicas para proteger os interesses do capital, mesmo que isso implique o aprofundamento da miséria social.

    Além disso, a ideologia dominante, como afirmou Marx, é a ideologia da classe dominante. Os meios de comunicação e a cultura popular frequentemente reproduzem discursos que naturalizam a desigualdade e culpabilizam os pobres por sua condição. Termos como “empreendedorismo” e “meritocracia” são usados para mascarar a brutal concentração de renda, apagando o papel da exploração e das estruturas históricas de dominação. O sistema educacional, ao não promover uma consciência crítica, também contribui para a manutenção da atual realidade.

    Diante disso, o marxismo atual não se limita a uma análise teórica do capitalismo, mas propõe uma transformação profunda da sociedade. É necessário repensar as formas de organização do trabalho, da produção e da distribuição de riquezas, buscando uma alternativa baseada na igualdade, na solidariedade e na justiça social. A crítica marxista continua a ecoar como um chamado à resistência frente à exploração: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”. Essa convocação é tão urgente hoje quanto no século XIX.

Geisa Vitória, 1º Ano - Direito (Noturno)

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