Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Feminismo e Marx

     O feminismo é considerado por muitos um dos maiores movimentos sociais da atualidade. Sua primeira onda ocorreu no século XIX e com o passar do tempo mais e mais pessoas aderiram às propostas colocadas. Dessa forma, muitos direitos foram conquistados e a mulher passou a ocupar outro lugar na sociedade. Entretanto, apesar de todo o avanço, há uma grande falha dentro desse grupo que é desconsiderar a enorme diversidade de mulheres e portanto de realidades e de lutas. Não só isso, mas também, junto com esse menosprezo, vem também uma preferência a certos grupos, no caso o das mulheres brancas europeias de classe alta. Assim, seria necessária uma análise que veja o mundo da forma mais real possível, a fim de transformá-lo com maior eficácia. Aqui entra o Materialismo Histórico Dialético.

       Primeiramente vale elucidar como a supressão de certos grupos foi e é presente no movimento feminista. Em seu início, por exemplo, buscava-se o direito ao trabalho e a ter propriedades com o próprio nome, não com o do marido. Porém, as mulheres negras já trabalhavam, inclusive excessivamente, além de não almejavam tanto ter a assinatura de uma propriedade sendo que nem seus maridos as possuíam. Estas preferiam, do contrário, ter direito a não trabalhar para conseguirem cuidar de seus filhos. Este é apenas um exemplo que ilustra essa exclusão de uma camada das mulheres, que não viam representadas no grupo, fazendo também com que este se enfraquecesse.

       Apesar disso, o Materialismo Histórico Dialético poderia ajudar a resolver este problema. Trata-se de uma forma de análise do mundo proposta por Marx e que leva em consideração os aspectos materiais da sociedade ao longo da história, e a mudança destes com o passar do tempo e das interações e acontecimentos sociais. Ao aplicar tal teoria ao feminismo, fatores como a realidade material das mulheres de cada contexto, além da história de cada etnia seriam consideradas. No caso das mulheres negras, por exemplo, notaria-se seu passado escraviza, a abolição e como esta se deu, além de onde elas viviam, seu dia a dia, seus trabalhos etc, além da suas relação com as próprias mulheres brancas.

      Tal análise permite que a realidade seja vista de forma concreta e que o movimento se fortaleça a fim de conquistar cada vez mais direitos


Eloisa Prieto Furriel primeiro ano matutino

Nenhum comentário:

Postar um comentário