Minha tia, que parece ser uma pessoa solidária por natureza, recebe com carinho qualquer amigo da comunidade em seu salão, neste dia em específico, chegou uma senhora que havia tido um AVC e sido abandonada pelo marido, depois de um tempo ali sentada a senhora começou a chorar, minha tia pediu que ela se sentisse á vontade para expressar as emoções e me mandou trazer-lhe um copo de água, depois de um tempo ela se sentiu á vontade para sair, não sem antes pegar o número da dona do salão para quando necessitasse.
Mais tarde, foi a vez de minha tia precisar de uma mão amiga, a resistência do lavatório do salão havia queimado, "quem saberia trocar a resistência disso?" pensei, logo que surge o pedreiro faz tudo do bairro apelidado carinhosamente de Bahia, resolvendo o problema em menos de 10 minutos sem cobrar nada. Tudo acabou sendo resolvido antes do almoço, oferecido com muito carinho pela vizinha e amiga, Dona Leda.
A solidariedade dos habitantes da comunidade do Planalto faz lembrar da "Solidariedade Orgânica" de Durkhein, que, presente em sociedades complexas, vem da interdependência das forças de trabalho. No entanto, não creio que o conceito da sociologia Durkheiniana seja suficiente para explicar verdadeiramente o Planalto, sem romantizar a pobreza e avaliando o censo de comunidade dos integrantes, vê-se uma vontade de ajuda ao próximo sabendo-se que se pode ser o próximo a precisar de auxílio, ou, muito melhor dito nas palavras de minha tia: "aqui é um pro outro".
Maisa Martins Alves - Primeiro Ano (Noturno)
RA:231222599
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