O funcionalismo
é uma teoria sociológica que surgiu no final do século XIX e início do século
XX, e um de seus principais representantes foi Émile Durkheim. Essa teoria tem
como base a ideia de que as sociedades são compostas por diferentes partes
interdependentes que trabalham juntas para garantir a estabilidade e
continuidade social. Ele defendia que o papel do sociólogo era entender como
essas partes se encaixavam e como funcionavam em conjunto, entendendo o fato
social como uma “coisa”.
Por outro lado, Grada Kilomba, em sua obra, questiona a ideia de que as sociedades são homogêneas e coerentes, e argumenta que a experiência de pessoas marginalizadas e oprimidas muitas vezes é ignorada e excluída das narrativas dominantes. Ela defende que é importante ouvir e valorizar essas vozes marginalizadas para entender a complexidade das sociedades contemporâneas.
Na atualidade, podemos observar como as ideias de Durkheim ainda são relevantes em muitos aspectos da vida social. Por exemplo, podemos ver como a pandemia da COVID-19 afetou a estrutura social e econômica de muitas sociedades ao redor do mundo. A crise sanitária impactou diretamente o funcionamento de instituições como o sistema de saúde, a educação e o mercado de trabalho. Assim como, podemos ver como as ideias de Kilomba são relevantes em um contexto de crescente desigualdade social e violência estrutural. Ainda existem muitos grupos marginalizados que são excluídos dos benefícios e oportunidades da sociedade, e sua perspectiva pode nos ajudar a entender melhor as estruturas que os perpetuam.
Em suma, embora
as perspectivas de Durkheim e Kilomba possam parecer divergentes, elas nos
fornecem ferramentas complementares para entender a complexidade das
sociedades. Ao combinar essas perspectivas, podemos ter uma compreensão mais
profunda dos sistemas sociais e trabalhar em direção a um futuro mais justo e
inclusivo.
Maria Clara Cabrera Gementi. 1° ano Direito Noturno. RA: 231220481.
Nenhum comentário:
Postar um comentário