As diferentes faces do coletivo
Tema: As diferentes faces do coletivo
A consciência coletiva, para sociólogo francês Émile
Durkheim, pode ser reduzida a percepções e conhecimentos com quais a sociedade absorve,
compartilha e entende. Tais percepções não necessariamente estão atrelados a
moralidade e/ou ética, mas sim com discursos culturais com qual tal sociedade
se identifica e constrói. Podendo ser percebidos em todos os contextos sociais,
mas principalmente em eventos coletivos, como em eventos abertos em praças de
uma comunidade, nas igrejas, entre outros.
Para tanto o termo consciência coletiva não pode ser levado
ao “pé da letra” / seu significado literal, uma vez que uma sociedade, por se
enquadrar em padrões culturais e não necessariamente em padrões éticos/morais,
como já dito, vem a cometer e reafirmar modelos de conduta terrivelmente
questionais, como o retratado pela escritora e teórica Grada Kilomba, em seu
livro MEMORIAS DA PLANTAÇÃO: EPISODIOS DE RACISMO COTIDIANO.
No mesmo, a escritora trata da “descolonização da mente”,
sendo este o fato de mudar os holofotes históricos do colonizador e colocar as
perspectivas no colonizado e nas atrocidades com qual até hoje se reverberam em
seus sucessores. Entender que tais indivíduos também fazem parte da sociedade
vigente e que não podem ter suas vozes e perspectivas apagadas e silenciadas é
de suma importância para que a consciência coletiva, defendida por Durkheim,
seja realmente total, aplicável e não enviesada.
Por fim vale a ressalva de que Durkheim e Grada Kilomba, não
estão em conflito/ “Polos opostos” e sim que se complementam para um
entendimento da sociedade e de suas diversas formas e facetas.
Aluno: Livia Helena Porto Silva
RA: 231224222
Turma: 1º ano - Direito – Matutino
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